Política Titulo Rejeitados
PT escala derrotados
para pedir votos a Dilma

Padilha, Suplicy e Reali, que não tiveram sucesso
nas urnas, defendem projeto petista em Diadema

Gustavo Pinchiaro
Júnior Carvalho
22/10/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


 Candidatos derrotados do PT na eleição do dia 5, Alexandre Padilha, nome ao governo de São Paulo, o senador Eduardo Suplicy e o ex-prefeito Mário Reali foram escalados pelo partido para pedir votos à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), ontem, em Diadema. Em caminhada pelo município para engrossar a campanha petista, o trio entoou discurso crítico à gestão do prefeito local, Lauro Michels (PV), que apoiou a manutenção do mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e trabalha pela vitória do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves.

Os petistas pautaram o discurso nas falhas da rede municipal de Saúde que, segundo eles, perdeu qualidade com a vitória de Lauro em 2012, que colocou fim a ciclo de 30 anos ininterruptos de administrações ligadas ao PT. Desde que o PV assumiu o Executivo em 2013 cerca de 90 médicos pediram demissões, em uma espécie de rebelião contra o atual secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB). A administração alega que os postos foram recolocados.

Quem puxou as críticas foram os vereadores do partido no município – Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, Josa Queiroz, Orlando Vitoriano, Zé Antônio e Lilian Cabrera, que tentaram colar a imagem do prefeito ao PSDB, o único da região a estar ao lado de Aécio. “Mesmo depois de tudo, ele (Lauro) fecha posto de Saúde às 19h. É ele quem está com o 45 (número de Aécio)”, esbravejou Maninho.

A cruzada pelo município, que é considerado emblemático para o PT por ter sido o primeiro a ser governado pela sigla com Gilson Menezes (hoje no PSB) em 1982, começou no Jardim Inamar e se encerrou no Jardim Eldorado, região Sul. Ex-prefeito de Diadema e principal liderança local da sigla, José de Filippi Júnior também acompanhou a atividade. Mesmo derrotados, os petistas posaram para fotos ao lado de eleitores e agradeceram os votos na cidade.

O tom dos argumentos, entretanto, não condiz com o prestígio do trio junto aos eleitores diademenses. Ex-prefeito de Diadema, Reali registrou a segunda derrota eleitoral consecutiva neste ano. Depois de perder a reeleição para a Prefeitura em 2012, teve tentativa frustrada de conquistar cadeira de deputado federal, quando obteve 52.112 votos. O desempenho de Reali foi ainda pior no município, seu reduto eleitoral, lembrado por 24.276 eleitores, atrás de Márcio da Farmácia (PV), apoiado por Lauro, que teve o nome defendido 33.571 vezes nas urnas da cidade.

Padilha tentou quebrar a hegemonia de 20 anos do PSDB no Palácio dos Bandeirantes e ficou em terceiro no pleito, tendo sido lembrado por 3.888.584 eleitores no Estado. Apesar da tradição do PT na cidade, ficou em segundo com 35,1% dos votos.

Suplicy tentou renovar por mais oito anos mandato de senador. Conquistou 6.176.499 sufrágios, mas perdeu a disputa para José Serra (PSDB). No município, venceu a disputa com 54,82% da preferência.




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