Depois de sofrer um pênalti e desperdiçar a cobrança, o centroavante Clodoaldo assimilou as vaias dos torcedores do Santo André nos 3 a 0 de quarta-feira sobre o Marília. O matador parecia muito descontraído na reapresentação de ontem à tarde no Bruno Daniel. "Não posso me abalar. Se você marca, é sempre aplaudido. Caso contrário, é normal que te cobrem. Já me acostumei", disse.

Clodoaldo não vê motivos para baixar a guarda. "Só erra quem não tem receio de assumir a responsabilidade. Se tivéssemos outro pênalti, não teria nenhuma dúvida em bater de novo. Sou de encarar os desafios", avisa.

O atacante Fábio, solidário ao colega, citou um episódio dos tempos de Botafogo-RJ. No Carioca de 2002/03, ele chegou a desbancar Romário ao cravar 16 gols pelo Volta Redonda. "No ano seguinte, já no Botafogo, precisávamos ganhar do Madureira, desperdicei um pênalti, ficamos no 1 a 1 e fomos eliminados. Então, subiram na minha perua no estacionamento do estádio e não queriam permitir a minha saída. Na próxima rodada, marquei três gols, mas não paravam de me vaiar", recorda.

Enquanto isso, Sérgio Guedes monta hoje, o time que enfrenta o Paulista, às 20h30 de amanhã, em Jundiaí. Sem Clodoaldo (terceiro cartão amarelo), o técnico deve recolocar Júnior Dutra (cumpriu suspensão automática) no sistema ofensivo.