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G-12 criará comissão para vistoriar Poupatempo

Eventual mudança de área motivou ato da oposição em Sto.André

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/03/2013 | 07:00
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A bancada de oposição ao governo Carlos Grana (PT), em Santo André, formada pelo G-12 - grupo de 12 vereadores -, oficializou ontem comissão de assuntos relevantes para acompanhar os desdobramentos da implantação do Poupatempo de serviços na cidade. A eventual mudança de terreno provocou a iniciativa da ala, que coloca em xeque uma negativa do governo do Estado em relação à área da Rhodia, adquirida pela gestão Aidan Ravin pelo valor de R$ 8,3 milhões.

O procedimento foi protocolado após reunião do grupo na tarde de ontem. Na sessão de hoje, a Câmara elegerá os cinco integrantes da comissão - possivelmente em sua totalidade composta por parlamentares contrários ao governo petista - que fiscalizará os novos passos do equipamento público. A primeira ação efetiva da ala será realizar audiência com o diretor da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), Admir Ferro (PSDB).

A Prodesp é órgão responsável pela execução do projeto do Poupatempo por parte da administração Geraldo Alckmin (PSDB). A reunião com Ferro, ex-vereador de São Bernardo, visa resgatar todo o histórico oficial do trâmite do processo entre Prefeitura e Estado. "Esse encontro seria procedente", afirmou o oposicionista Ailton Lima (PTB). "Queremos apurar esse imbróglio. Saber por que está se cogitando outro espaço, sendo que (o Paço) já pagou por esse (da Rhodia, no bairro Bangu)."

O G-12 prevê que há articulação do governo municipal para troca do espaço por terreno no bairro Santa Terezinha, do 2º Subdistrito - área de pouca penetração eleitoral pela cúpula petista, colecionando derrotas na zona local. Na concepção da ala de oposição, o estudo adiantado firmado pela gestão Grana especula lugar próximo ao Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André) e à Estação Prefeito Saladino, nos arredores da Avenida dos Estados.

A suspeita do grupo surgiu logo após o requerimento formalizado pelo vereador situacionista Bispo Ronaldo (PRB), no qual sugere a alteração. "Parece jogo de cartas marcadas. Isso porque um parlamentar petista reiterou que tinha informações privilegiadas sobre esse caso (de modificação)", resumiu o petebista. "Isso nos deixou com pulga atrás da orelha", finalizou. Depois de coletar dados junto ao Estado, o G-12 pretende se reunir novamente com o prefeito para cobrar explicações.

 

IMPASSE

Com o impasse, a construção da unidade permanece sem data para a sua efetivação. O episódio registra enredo de conotação política. Isso porque eventual justificativa de a área específica da antiga indústria química Rhodia, de nove mil metros quadrados, estar contaminada é incoerente ao posicionamento oficial da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em outubro, durante período eleitoral. Na ocasião, o órgão emitiu parecer favorável ao posto.

Diante do apoio de Alckmin ao então prefeito Aidan, a Cetesb informou que foram realizadas as intervenções devidas, entre elas a remoção do solo contaminado.

 




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