Santo André não é a única cidade do Grande ABC cujo o chefe do Executivo teria de renunciar em favor de uma suposta candidatura de um familiar.

Em Mauá, a situação ainda indefinida do ponto de vista eleitoral coloca uma grande interrogação na disputa de outubro.

O atual prefeito, Leonel Damo (PV), não decidiu se tentará a reeleição ao Executivo. E uma das possibilidades ventiladas é que a filha dele, a deputada estadual Vanessa Damo (PV), poderia ser a cabeça da chapa no grupo governista no caso de recuo de Damo.

Assim, se o cenário se confirmar, o prefeito, necessariamente, teria de se desincompatibilizar do cargo.

A saída dele da Prefeitura não se efetivou em 2006, quando Vanessa, então vereadora, decidiu disputar cadeira na Assembléia Legislativa, justamente porque a eleição não era ‘no território de jurisdição do titular’.

Na ocasião, a filha de Damo não estava disputando o pleito para nenhum cargo em Mauá, município cujo pai é prefeito.

Segundo os especialistas ouvidos pelo Diário, caso Vanessa ainda estivesse na Câmara, Damo não teria de deixar o cargo para ela disputar a reeleição.

Situação oposta - Outro exemplo, também em Mauá, em que a lei não precisa ser aplicada diz respeito ao vereador Diniz Lopes (PSDB).

Neste ano, o tucano tentará alçar um vôo maior. Ele encabeçará a chapa da legenda na eleição majoritária. Ao mesmo tempo, a filha dele, Bruna Lopes, entrará na disputa para tentar manter o nome da família no Legislativo.