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Delegado acredita em assassinato na rave

Erick Esiquiel, 20 anos, foi encontrado morto em abril depois de ir à rave Tribe em Pirapora do Bom Jesus

Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
06/05/2008 | 07:01
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O delegado Adalberto Deodoro Alcântara Lima, que investiga a morte do estudante Erick Esiquiel, 20 anos, encontrado morto em 30 de abril depois de ir à rave Tribe em Pirapora do Bom Jesus, acredita que o estudante tenha sido assassinado. Para ele, as provas do homicídio são as marcas de espancamento - lesões no olho esquerdo, nariz e lábios -, identificadas no corpo do rapaz encontrado no pé de um penhasco na pedreira onde a festa ocorreu. Na opinião do policial, caso o garoto tivesse morrido por uma queda do penhasco, as lesões seriam maiores.

Ontem, 11 pessoas que foram à festa junto com Erick em uma van, prestaram depoimentos na Delegacia de Homicídios de Santana de Parnaíba, onde o inquérito foi instaurado. Os colegas Marcos Mardegan e Igor Massami Numajiri e o motorista do veículo Jaime Vicente Marim voltaram até a pedreira acompanhados por um investigador. "Reviver todos os detalhes é importante para tirarmos as conclusões. Porém, até agora não vejo suspeitos. A polícia tem buscado os motivos para a morte do jovem para dar explicações à sociedade, e principalmente à família", frisa o delegado.

Quem teria espancado Erick e como sua morte ocorreu ainda são incógnitas para a polícia. Até mesmo a data do óbito é incerta. Como o corpo só foi encontrado na última quarta-feira, a família acredita que o rapaz tenha sido jogado vivo na pedreira e agonizado até a morte. "No IML (Instituto Médico-Legal) nos disseram que nas condições que o corpo estava, ele tinha morrido no máximo em 24 horas", conta o tio do garoto, Israel Cantalice, 36.

Com o laudo do IML e exames complementares, como o toxicológico, que devem sair em até 20 dias, algumas questões prometem ser esclarecidas, entre elas se Erick teria ou não usado drogas.

INVESTIGAÇÃO
Nos próximos dias, os organizadores da Tribe serão intimados a depor. Outra fonte a ser apurada é o site de relacionamentos Orkut, já que na comunidade criada para a Tribe, um freqüentador disse ter visto seguranças expulsarem e baterem em uma pessoa. Em nota, os organizadores da Tribe já haviam afirmado que não houve registro de brigas na festa.




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