Não é de hoje que os petistas não andam se entendendo no Estado de São Paulo. Entre eles e seus aliados. Há impasses dos mais variados níveis. Um deles é o próprio candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. O ex-ministro da Saúde esteve longe de ser unanimidade entre os correligionários. Mas foi chancelado pelas mãos do maior ícone da legenda, Luiz Inácio Lula da Silva, por quem os companheiros se ajoelham. Ainda assim, a resistência persiste. E é pesada. A ponto de um parlamentar da região trocar mensagens de celular com outro petista e xingar Padilha. A estocada resvalou até em Lula, que o escolheu. Foi mais ou menos assim: “Que se vire. Ele e quem o indicou”. O candidato ao Executivo paulista também não deixa por menos. Sabe que ainda não tem todo o time petista unido em prol de seu nome. Os baixos índices nas sondagens eleitorais contribuem para isso – segundo o DGABC Pesquisas, está em terceiro, com 4,9%. Apesar de provavelmente subir quando começar o horário eleitoral gratuito na televisão. Padilha, ao comentar sobre a rejeição de Paulo Skaf (PMDB), adversário na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, à presidente Dilma Rousseff (PT) – o peemedebista não quer ela em seu palanque, mesmo com a parceria entre as legendas em âmbito nacional –, o petista sapecou: “Dilma faz a campanha dela e eu faço a minha”, opinou Padilha. Dizem até que Lula e Dilma estão esticando a corda, cada um para o seu lado. Parece que no PT chumbo trocado não dói.

OP verde
Chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV) inicia hoje, às 19h, no Cine Eldorado, série de cinco plenárias do que ele chama de ‘Planejando 2015 com o Prefeito’. O verde fará balanço das ações da Prefeitura e discutirá prioridades para as regiões. Nada mais é do que OP (Orçamento Participativo), modelo carimbado do PT, rótulo que Lauro rejeita, por ser do partido adversário.

Articulação
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) comemorou anúncio de reforma do CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André. Serão investidos cerca de R$ 6 milhões, sendo R$ 5,62 milhões do Estado e R$ 372 mil da administração Carlos Grana (PT). Segundo o tucano, presente em evento que revelou detalhes do projeto, ontem, ele foi o responsável pela articulação da verba junto ao governo paulista.

Roberto Freire
O deputado federal Roberto Freire (PPS) lança hoje, às 18h30, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, livro com sua biografia política. São cerca de 40 anos de vida pública descritos na obra A Esquerda Sem Dogma. A noite de autógrafos vai ter forte revoada de tucanos no evento, já que o texto de apresentação é de José Serra, candidato do PSDB ao Senado.