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São Bernardo inaugura programa de residência médica em rede

Grupo de 20 profissionais foi recepcionado no Hospital de Clínicas na tarde de ontem

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
12/03/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Prefeitura de São Bernardo abriu as portas do Hospital de Clínicas José Alencar, no Alvarenga, para recepcionar grupo de 20 médicos que participará do programa de residência médica da cidade. Os profissionais prestarão serviços nas áreas de clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, psiquiatria e medicina da família e comunidade em toda a rede de Saúde municipal.

Conforme explica a médica integrante da comissão de residência médica do município, Denize Ornelas, a ação é pioneira na cidade e integra o Programa Mais Médicos, do governo federal. O objetivo é ampliar o número de vagas para residentes, principalmente nas chamadas áreas prioritárias para atendimento à população, como a rede de atenção básica. “O município oferece a estrutura e o Ministério da Saúde paga bolsa de R$ 2.930 para os profissionais, por meio do programa Pró-Residência”, diz.

São Bernardo ofereceu 26 vagas, sendo seis para médicos interessados em medicina da família e comunidade e cinco para cada uma das demais especialidades. Na primeira chamada do processo seletivo, foram preenchidas 77% das vagas. O resultado da segunda convocação para a especialização do tipo lato sensu será conhecido em 27 de março.

O período de trabalho sob supervisão da Secretaria da Saúde será de três anos para profissionais da ginecologia e obstetrícia e psiquiatria e dois anos para as outras. A carga horária é de 60 horas semanais, sendo seis para teoria e as demais para atividades do dia a dia. “O diferencial da proposta de São Bernardo é que os médicos passam por todos os equipamentos da rede enquanto normalmente os residentes ficam em hospitais universitários, o que a gente chama de ambiente protegido”, destaca Denize.

Uma das residentes já conhece bem a rede de Saúde da cidade. A médica Brunna Bordenale Naznica, 28 anos, atuava como médica generalista nas UBSs Vila São Pedro e Taboão até o início do ano. Para seguir carreira na área de ginecologia e obstetrícia, a profissional pediu demissão após ser aprovada no processo seletivo e observou queda no orçamento de aproximadamente 70%. “Sempre gostei das questões ligadas à mulher, de ajudar nas fases de transição da vida. É um momento de realização”, define.

Já a médica recém-formada Maria Augusta Curado Cordeiro, 25, deixou sua cidade natal, em Goiânia, para trabalhar e se especializar na área de medicina da família e comunidade. “Sempre me deixei envolver pelo aspecto social, ter contato com essa faixa etária da população com renda menor e pouco acesso aos serviços”, justifica.
 




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