Bhagat Singh Makkar, 62 anos, declarou a um jornalista — que se fazia passar pelo filho de um paciente —que "não tinha problemas" para conseguir um rim de um doador vivo em troca de um pagamento.
A comissão disciplinar analisará agora se Makkar, médico de Lewisham (sul de Londres), terá seu registro cassado.
O profissional, que negou todas as acusações, disse que preferiria se suicidar a ter que se envolver em tráfico de órgãos.
O presidente da comissão médica, Peter Richards, declarou que Makkar atuou de maneira "irresponsável e nada profissional" ao oferecer um rim em troca de dinheiro.
O médico afirmou que nunca fez nenhum mal em 30 anos de carreira profissional e negou que tenha violado a Lei de Transplante de Órgãos Humanos de 1989, que proíbe o tráfico de órgãos. No entanto, confirmou que formou a companhia International Health Services Ltd, dedicada, entre outras coisas, a levar pacientes para o exterior para se submeter a diversos tratamentos médicos, mas insistiu que nunca comercializou órgãos.
A companhia, da qual ele era diretor, nunca esteve envolvida no transplante de rins e se concentrava em cirurgia geral e nos tratamentos de estética, segundo explicou Makkar. O médico lamentou ter dado "respostas estúpidas" ao jornalista e afirmou que quando respondeu estava "cansado, confuso e aborrecido após um dia muito longo de trabalho".
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