Palavra do Leitor Titulo
É o que queria ser quando crescesse?

Há situações na vida que não se podem evitar. Mais cedo ou mais tarde, elas batem à porta

Dgabc
04/02/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

Há situações na vida que não se podem evitar. Mais cedo ou mais tarde, elas batem à porta. Às vezes é possível adiar um pouco a chegada. Elas tocam a campainha e você finge não ouvir. Elas se ausentam, deixam para depois. Você acha que está tudo bem, que colocou as intrusas para correr. A vida segue. Até que a maldita campainha toca de novo. Num lampejo de consciência, você abre a porta e encara as situações. Destemidamente, responde seus questionamentos. Você, então, avalia que se tornou um adulto responsável. Ganha seu próprio dinheiro, paga seus impostos. Formou-se, casou-se, teve filhos - ou não. É, enfim, ‘um dito cidadão respeitável e ganha quatro mil cruzeiros por mês', diria Raul Seixas. A essa altura, já identificou suas aptidões profissionais. Se antes sonhava em se tornar top model ou o melhor jogador de futebol do mundo, agora já não há mais ilusões. E, sinceramente, isso nem te aflige, avalia.

O que te aflige, então? Por que é sempre tão difícil responder sinceramente à pergunta ‘você é o que queria ser quando crescesse?' Talvez por que seja neste momento que você tenha de encarar o seu maior oponente: você mesmo. Olhar para dentro e encontrar respostas para as perguntas acumuladas ao longo da vida. Onde foram parar todos os sonhos? Alguns a vida se encarregou de levar para longe. Ela tem dessas coisas. Faz questão de mostrar quem manda no destino. Mas e aqueles abandonados por pura preguiça, que você foi deixando para depois e depois para depois? Aqueles que dependiam exclusivamente de você para acontecer. Há também aqueles que lhe imprimiam certo altruísmo, mas que depois você reviu e percebeu que lhe custariam muito. Muito mais do que você seria capaz de oferecer.

Você sonhou ser policial, lembra? Depois descobriu que a carreira não era assim tão bem remunerada, desistiu. Desistiu também da filosofia. Sua mãe dizia: ‘ isso não dá dinheiro'. Disse que se dedicaria mais à família e menos ao trabalho? Isso já tem três anos. Nada mudou. Eu sei. Às vezes você pensa que poderia ser melhor. Mais comprometido com a família e com os amigos. Quantas oportunidades desperdiçou? Aquele amigo que, em má fase, anda triste por aí, precisando apenas de um ombro e você por falta de tempo ou omissão não dá nem trela. Finge que não vê.

Você é o que queria ser quando crescesse? Quem de nós está pronto para essa resposta?

Jussara Lima é jornalista.


Palavra do leitor

Dilma em Cuba
A presidente Dilma tentou convencer a imprensa, os 190 milhões de brasileiros e os aproximadamente 12 milhões de cubanos que sua ida a Cuba tinha como propósito tratar de assuntos afetos aos direitos humanos. É o mesmo que acreditar que Saddan Hussein tinha intenção de morar no Brasil e montar igreja voltada ao altruísmo e à solidariedade humanitária e cristã. Pois sabemos historicamente que quem goza de direito humano em Cuba são os irmãos Castro e seus generais. E se existe alguma sede de justiça de nossa presidente quanto à temática direitos humanos, é só ir ao Vale do Jequitinhonha, ou aos Estados que mantêm, ainda, trabalhos escravos, inclusive de crianças, aqui no Brasil.
Cecél Garcia
Santo André

Tigre
Três jogos, um gol e seis gols contra. Acompanho os jogos e hoje o São Bernardo está sem proteção na defesa, o meio não joga e não marca, o ataque está lento, sem objetividade, excesso de toques. Houve época em que o time era firme na defesa, mas há tempos que não há um grande condutor no meio de campo, jogador com boa condução de bola, que seja capaz de parar, olhar, sem ficar dando chutões para qualquer lado. O São Bernardo não pode continuar dizendo que alguns jogadores são titulares, prata da casa e outros ‘que tais'. É necessário gerir o clube como fazem as equipes grandes, não tem titular, não tem dono de posição, e o grupo não pode estar fechado, é preciso sempre trazer novos jogadores para teste. Não quero saber se é primo, tio, cunhado ou prata da casa. Como torcedor, quero o São Bernardo firme na defesa, pois temos grande goleiro, o meio firme e forte e ataque rápido, objetivo, sem toquinhos de lado, e quero ver o ataque ajudando o meio de campo. Quem cansar, sai.
Jonas Cardoso da Silva
São Bernardo

Aquapolo
A respeito da reportagem ‘Aquapolo desrespeita prazo pela terceira vez' (Setecidades, dia 1º), o Aquapolo esclarece que, ao contrário do que cita a matéria, as obras civis na Avenida dos Estados, executadas pela Odebrecht Infraestrutura, estão concluídas. No momento, ocorre recapeamento em alguns trechos da via, além de checagem da tubulação em pontos isolados. A construtora possui alvará para executar os trabalhos de recapeamento na via, concedido pela Prefeitura de Santo André, até fim de fevereiro. Reafirmamos que em nenhum momento a data da entrega das obras do Aquapolo foi abril ou agosto de 2011, conforme divulgado pelo jornal. Desconhecemos o procedimento dessa informação. De acordo com os contratos da Aquapolo Ambiental - tanto com a construtora quanto o assinado com a Quattor, indústria do Polo Petroquímico que vai adquirir a água de reúso produzida - o prazo final é agosto de 2012.
Aquapolo Ambiental

Fura fila
O espanhol José Lopez Feijoo, amigo de Lula, furou a fila e obteve nacionalidade brasileira no prazo recorde de duas semanas, passando à frente de processos tramitando até há seis anos. Antes, foi nomeado ilegalmente assessor especial da Secretaria Geral da Presidência. O artigo 5º da Constituição proíbe estrangeiros em cargos públicos. Lula queria Feijoo, ex-CUT, na diretoria do BNDES e depois o colocou na lista de ‘ministeriáveis' do Trabalho, para substituir Carlos Lupi. José Lopez virou ‘José Lopes Feijoo' ao ser nomeado em 2 de maio de 2011. Somente dez dias depois pediria a sua naturalização. Com ‘z'. Rara eficiência a naturalização de Feijoo percorreu a jato sete instâncias, da Polícia Federal em São Paulo ao gabinete do ministro da Justiça, em Brasília.
Luiz Fernandes
São Bernardo

Doação
Com o prestígio em queda na cidade, Kassab tenta se agarrar à popularidade de Lula. E perpetra a esdrúxula doação de terreno público, coisa nem pensada pelo prefeito petista de São Bernardo, berço político do ex-presidente. Toma jeito, prefeito!
Afanasio Jazadji
Capital




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;