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Abril é o mês mais
letal da pandemia

Com outros 38 óbitos informados pelas prefeituras, acumulado do mês chega a 1.089, contra 1.087 de março

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
29/04/2021 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Mesmo com dois dias para terminar, abril já entrou para a história como o mês mais letal desde o início da pandemia da Covid-19. Com 38 mortes informadas ontem pelas prefeituras, o Grande ABC acumulou 1.089 falecimentos neste mês, dois a mais do que o total registrado em março, que tinha a maior marca até então – confira a evolução na arte ao lado.

As 38 mortes de ontem foram reportadas por Santo André (dez), São Bernardo (nove), Diadema (sete), Mauá (seis), São Caetano (cinco) e Ribeirão Pires (uma). No total, a região acumula 6.759 óbitos em razão da Covid.

Os números de mortes registrados em março e abril destoam do restante da pandemia e mostram a aceleração da doença no início de 2020. Como efeito de comparação, nos quatro primeiros meses deste ano já foram 3.279 perdas, contra 3.480 durante dez meses de pandemia em 2020.

Se abril superou o recorde de mortes, não deve bater o número de casos de março. Até ontem, foram 19.933 diagnósticos positivos da doença, contra 24.851 registros acumulados no terceiro mês de 2021. As duas marcas são as maiores de toda pandemia, que antes tinha como recorde os 19.257 registros de julho de 2020.

O infectologista e diretor do Hospital Santa Ana, de São Caetano, Paulo Rezende, tem uma hipótese para que, atualmente, aconteçam mais mortes do que casos de pacientes infectados. “O número de contaminação por Covid caiu. Antes a gente tinha índice de contaminação de 1,12 (quando 100 pessoas infectavam outras 112) e, agora, estamos em 0,86. Ou seja, as pessoas estão se contaminando bem menos do que em março e o número de internações, sobretudo em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), está caindo. Quem está morrendo agora é quem já estava internado. Na maioria são jovens e que ficam mais tempo acamados e, portanto, acabam tendo complicações tardias. Hoje temos, em média, população mais jovem internada, o grosso da nossa UTI é entre 40 e 49 anos nos últimos tempos”, comentou.

Ainda de acordo com os boletins epidemiológicos enviados ontem pelas prefeituras, foram mais 483 casos de Covid na região, com isso o acumulado chegou a 176.456, sendo que, destes, 162.019 já estão recuperados da doença.

Ontem, as sete cidades aplicaram, juntas, mais 11.671 doses da vacina contra a Covid, sendo 5.770 referentes à primeira dose e 5.901 à segunda. A cobertura vacinal do primeiro imunizante é de 15,3% e a proteção completa, com as duas doses, já foi finalizada em 8,5% dos moradores.

Estado vê todos os indicadores caírem na média móvel de sete dias

O Estado de São Paulo registrou entre a terça-feira e ontem 17.013 novos casos de contaminação do coronavírus e 814 novas mortes em razão da Covid-19. Desde o início da pandemia, foram contabilizados 2.873.238 diagnósticos positivos e 94.656 mortes pela doença no Estado.

De acordo com dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), São Paulo registra queda na variação semanal – comparativo entre os sete últimos dias e os sete anteriores – de 14,9% em novos casos. Os novos óbitos regrediram 20,5% e novas internações apresentaram queda de 5,5%. Na Região Metropolitana, novos casos recuaram 16,8%; novos óbitos, 13,9%; e novas internações, 6,3%.

Ontem, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Estado era de 79,8% e na Grande São Paulo, de 78,1%. São 22.174 pacientes internados no Estado, sendo 10.374 em UTIs e 11,8 mil em enfermaria.

BRASIL

De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados ontem, foram reportados mais 3.163 mortes e 79.726 casos do novo coronavírus no País. Com isso, o número de pessoas que perderam a luta contra a doença chegou a 398.185 e montante de brasileiros que já foram infectados com o vírus chegou a 14.521.289. Do total, 13.091.714 pessoas já estão recuperadas da doença. 




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