O secretário de Serviços Postais do Ministério das Comunicaçoes, Marcelo Perrupato, disse nesta quinta-feira, em reuniao com empresários do setor de distribuiçao de documentos e encomendas, que tem autorizaçao do ministro Pimenta da Veiga para esgotar todas as possibilidades de diálogo antes da votaçao da nova Lei Postal no congresso. "Nao tenho a pretensao de convencer a todos de que tudo nessa lei é perfeito", declarou Perrupato. Segundo o secretário, haverá uma forte concorrência internacional nesse segmento de mercado.

"Nao podemos brigar entre nós porque a concorrência pesada vem de fora" disse. "O governo nao quer matar vocês."

A maior preocupaçao dos empresários desse setor é com a reserva de mercado na entrega de boletos de cobrança bancária. Caso o projeto de lei seja aprovado, o Correio se reserva o direito de exploraçao desse serviço por cinco anos.

Os empresários questionaram ainda a cobrança pela autorizaçao de prestar o serviço de entrega de encomendas, prevista na lei. O secretário de serviços postais disse que essa taxa deve ficar em torno de R$ 500.

O Comitê de Encomendas Expressas, que representa o setor privado, alega que a nova lei pode fechar 10 mil empresas só em Sao Paulo e eliminar até 300 mil empregos no Brasil.