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Lei Seca reduz preço dos seguros na região
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
17/07/2008 | 07:02
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A Lei Seca, em vigor desde o dia 19 de junho deste ano, que pune com multas pesadas e até detenção quem dirigir após ingerir bebidas alcoólicas, além de estar contribuindo para uma queda no número de vítimas de acidentes de trânsito no País vai reduzir o custo do seguro de automóveis e de vida nos próximos meses.

O presidente da Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Jayme Garfinkel, aponta que em dentro de três meses se a fiscalização rigorosa continuar e os números provarem a eficiência da medida, o mercado vai reavaliar os preços do seguro de automóvel.

Dados da Fenseg mostram que as indenizações pagas por colisões (com perda total ou parcial) representaram 54% (R$ 2,5 bilhões) dos desembolsos totais no ano passado. Roubo e furto figuraram como a segunda causa de indenizações de carros de passeio nacionais, respondendo por 42% do total dos desembolsos de 2007.

"O que se sabe até agora é que o número de vítimas de acidentes caiu, mas o mercado de seguros ainda precisará de mais algumas semanas para identificar a tendência da sinistralidade. Pode ser que isoladamente alguma seguradora baixe o preço, o que não acredito, já que o mercado terá uma visão melhor dos impactos da Lei Seca dentro de três meses". assegura Garfinkel.

Na opinião do presidente da Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), Leôncio de Arruda. devido a concorrência do mercado de seguros que conta hoje com 45 empresas brasileiras, pode fazer com que algumas companhias se antecipem na redução do custo do serviço.

"De modo geral, a estimativa é que as seguradoras continuem avaliando até o final do ano, e então a partir de janeiro ofereça planos com preços entre 10% a 20% mais em conta do que o valor cobrado antes da Lei Seca", comenta Arruda.

O diretor de seguro automóvel da Porto Seguro, Marcelo Sebastião, julga que a continuidade desse comportamento dos brasileiros deverá refletir em uma queda nos preços, mas ainda é cedo para avaliar.

Além disso, ele explica que julho costuma apontar uma redução de ocorrência, por ser um período de férias escolares. No caso da cidade de São Paulo é mais beneficiada por conta da restrição de caminhões das 5h às 21h de segunda a sexta-feira e das das 10h às 14h aos sábados.

Para o superintendente de Automóvel da Allianz Seguros, Pedro Pimenta, é possível que a lei diminua também o volume de roubos e furtos nas grandes cidades, "já que as pessoas vão deixar de circular com os veículos a noite".

"Dentro de três meses, período para se avaliar a tendência do mercado, o preço do nosso produto poderá recuar", diz Pimenta.

A Mapfre Seguros vai alterar o preço para baixo do serviço a partir do sexto mês de resultados condescendentes. "Tudo leva a crer que vai ocorrer uma mudança nas tabelas. entretanto é preciso ter avaliar o comportamento", afirma Mauricio Galian,diretor de unidade de auto da Mapfre.




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