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Nossa centenária Catedral do Carmo

Duas comissões de alto nível foram formadas para dar a Santo André aquela que seria elevada à catedral e à sede da Diocese do Grande ABC

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
29/06/2019 | 07:00
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Dia de festa em Santo André: domingo, 29 de junho de 1919. A cidade lançava a primeira pedra de uma nova igreja, em terreno de 4.000 metros quadrados doado por Antonio Queiroz dos Santos. Além da área, ele prometeu doar 100 mil tijolos.

Foram criadas duas comissões e um conselho fiscal para cuidarem das obras.

Comissão honorária – Dr. José Luiz Flaquer (chefe político do Grande ABC, então município de São Bernardo), Dr. Cesário Bastos (senador estadual residente em Santos e com casa de campo em Santo André), Erasmo de Assumpção (em cujas terras foram loteados a Vila Assunção, o Parque Jaçatuba e o Parque Erasmo Assunção), Frederico Kowarick (diretor-presidente da indústria de casimiras Kowarick), Antonio Pereira Ignácio (diretor-presidente da indústria de tecidos Ipiranguinha) e Dr. José Gonzaga F. Filho (em cujas terras foram abertos loteamentos na área local de Vila Alpina).

Os jornais de São Paulo deram a notícia, explicando que a Matriz de Santo André tornara-se “insuficiente para conter a multidão de fiéis que a frequentam”. Além do que, a nova igreja, mais ampla, ficaria em posição geográfica mais central.

Comissão executiva – presidente, Antonio Queiroz dos Santos; vice-presidente, prefeito Saladino Cardoso Franco; procurador, padre Luiz Capra; secretário, engenheiro Emílio Cordes; segundo-secretário, jornalista Nicolau Arnoni; tesoureiro, professor José Cardoso Franco.

Conselho fiscal – Bernardino Queiroz dos Santos, Ludovico Cimieri, Dr. Norberto de Oliveira, médico Francisco Perrone, coronel Francisco Marques, coronel Alfredo Flaquer, João Caçapava, Luiz Martinelli, Angelo Gaiarsa, Manuel de Lima, Fernando Araujo e Victorino Dell’Antonia.

O lançamento da pedra inaugural foi marcado para 14h30. Às 17h sairia um cortejo da Matriz de Santo André, com todas as associações religiosas da paróquia e duas bandas de música: a Lira de Santo André (fundada um ano antes) e a banda do 8º Batalhão dos Bersagliere. Houve leilão de prendas e fogos de artifício.

UM SÉCULO DEPOIS... 
Uma placa de ferro fundido, pequenina, permanece no interior da Catedral do Carmo, homenageando Antonio Queiroz dos Santos, seu patrono.

Diário há 30 anos
Quinta-feira, 29 de junho de 1989 – ano 32, edição 7104

Manchete – Congresso derrota Sarney; novo mínimo é de NCZ$ 120 em junho; vetos do presidente à matéria foram derrubados.

Saúde – Hospital Ribeirão Pires rompe convênio com o Inamps (Previdência Social).

Informática – Bancos usam tecnologia para atrair os clientes; Bamerindus instala caixa automática em agências da região; Bradesco automatiza 94% de seus serviços.

Em 29 de junho de...

1919 – O tratado assinado.

Do noticiário do Correio Paulistano: anuncia-nos o telégrafo que, finalmente, os delegados alemães assinaram ontem, em Versalhes, às 15h, o tratado de paz com os aliados.

Do noticiário do Estadão: Versalhes, 28. Devido à assinatura do tratado de paz, desde 9h que a cidade começou a movimentar-se. Os trens e os bondes dos arrabaldes chegam lotados ao Centro. Os edifícios públicos e as casas particulares estão embandeirados.

1969 – Dom Jorge Marcos de Oliveira e os padres da Diocese do Grande ABC celebram missa comemorativa aos 50 anos da igreja (então catedral) do Carmo. 

O fenômeno Teixeirinha
Texto: Milton Parron

Órfão de pai aos 6 anos de idade e de mãe aos 9, Vitor Mateus Teixeira saiu errante pelo mundo, uma vez que seus parentes, bem pobres, não tinham condições para criá-lo. 

Estudou pouco tempo, o suficiente para aprender a ler e escrever e aos 18 anos arranjou um emprego de operador de máquinas no Departamento de Estradas de Rodagem do seu Estado, o Rio Grande do Sul. 

Mas sua vocação estava na música. Tinha facilidade em compor e cantar de improviso nas rodas do repentismo. 

As letras refletiam o cotidiano de quase todas as pessoas, emolduradas por melodias que facilmente se fixavam na memória de quem as ouvia. 

Tornou-se um fenômeno. Ultrapassou a marca dos 100 milhões de cópias vendidas de um total de 70 LPs e cerca de 1.200 canções que ele compôs até 1985, ano em que morreu. Tinha 58 anos. Revelou-se uma das maiores bilheterias do cinema nacional, ao lado de Mazzaropi. 

Entre outros, de sua extensa relação de sucessos, figuram Coração de Luto, Gaúcho de Passo Fundo, Tordilho Negro e Tropeiro Velho. 

Vitor, que venceu na vida assinando-se Teixeirinha, é o assunto do programa Memória deste fim de semana. 

Além de várias músicas que alcançaram as paradas de sucesso, será apresentada uma entrevista que Teixeirinha concedeu, em 1981, na Rádio Bandeirantes. Ele relata agradecido que foi a emissora que primeiro lhe abriu as portas, fora do Rio Grande do Sul.

Em pauta – Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Memória. A Vida e Obra de Teixeirinha.

Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h, além da internet, radiobandeirantes.com.br.

Municípios brasileiros
Celebram aniversários no Dia de São Pedro: 

- Em São Paulo, Lucianópolis, Monte Azul Paulista, Morungaba, Nova Canaã Paulista, Nova Luzitânia, Pauliceia e Ubarana.
- Também por conta da festa de São Pedro e São Paulo, é feriado em Carapicuíba, Praia Grande, São Pedro, Viradouro e Tupã.
- Em Goiás, Britânia
- Em Minas Gerais, Limeira do Oeste e São Pedro dos Ferros
- No Mato Grosso, Paranaíta e Paranatinga
- No Rio Grande do Sul, Soledade

Fonte: IBGE 

Santos do dia

- São Pedro e São Paulo. Uma das solenidades mais antigas da Igreja. A celebração litúrgica será amanhã, domingo.
- Judite
- Siro de Gênova

Hoje

- Dia do Papa 
- Dia do Pescador
- Dia da Telefonista
- No Grande ABC, Dia do Atleta São-Bernardense, data criada pela Câmara de São Bernardo em 1961 – uma data ignorada na própria cidade.




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