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Cruzeiros são os mais procurados nas agências
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
28/08/2011 | 07:00
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Rico ou pobre, o brasileiro está de olho nos cruzeiros marítimos. Resultado é que essas viagens, impulsionadas no Reveillon, estão escassas nas agências de viagem. O diretor da Qualituri Turismo, Márcio Fernandes, conta que mesmo distante da data, já vendeu 80% das cabines que tinha. Isso representa cerca de 500.

A B2W, controladora da Submarino, por exemplo, afirma que as opções de viagens turísticas, seja a bordo ou não, têm como principal destino as praias nordestinas. No hemisfério norte, Nova York, Miami, Paris, Cancún são opções com alta demanda. Mas ressalta que os cruzeiros já estão se esgotando, sem revelar quanto ainda há disponível para vender. Os pacotes da B2W custam R$ 2.200 por pessoa, em média.

"Os cruzeiros estão uma loucura." É o que conta a genrente da Neo Turismo, Elisangela Bernardo Alves. A relação custo benefício junto à vantagem da antecipação nos passeios de navio são atrativos. As condições de financiamento a longo prazo que proporcionam acesso dos que contam com pouco dinheiro no bolso, como é o caso da classe média, é uma das razões para a grande procura pelos pacotes.Como exemplo, ela afirma que se hospedar num resort nordestino não sai por menos do que R$ 5 mil por cabeça. Um casal com um filho irá gastar menos para balançar nas ondas do mar: R$ 4 mil.

Na agência dela, normalmente cruzeiros marítimos em agosto já estão 50% liquidados. Este ano se destaca: 70% das cabines já fora vendidas. "Fechamos até mesmo para bem depois do Ano Novo, em março." A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos prevê que a praia de Copacabana (RJ) - um dos pontos mais badalados do País para a queima de fogos no mar - vá contar com 25.250 turistas, a bordo de dez navios.

NO AR

As passagens aéreas também seguem o mesmo ritmo, de acordo com o diretor da Estação Turismo, Sergio Sant'Anna que prevê elevar suas vendas em 30%, com a perspectiva de que seus clientes já iniciaram os planejamentos para o final do ano, atrelado aos preços até 10% menores que há um ano.

Nos bilhetes de avião, o destino favorito continua sendo o calor nordestino, embora também exista demanda para outras regiões do Brasil e do mundo. "Cerca de 90% dessas vendas são para o nordeste. Muitas vezes para visitar parentes, já que agora está bem mais acessível", afirma Sant'Anna ao completar "também se dismistificou aquela impressão de que só os ricos viajam de avião." A dica continua sendo comprar com antecedência. Hoje, uma ida até o nordeste, saindo de São Paulo, custa R$ 230. Dobra-se o valor ao somar a volta para a capital.

Elisangela frisa que passagens para os Estados Unidos, ida e volta, custam até US$ 600 menos se forem adquiridas antes de três meses do vôo. Assim, o valor pago sai pela bagatela de US$ 900. "E as pessoas já aproveitam isso. Garantem valores bem menores, pois há falta de preocupação."




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