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Cursos gratuitos dão ofício a 3.000 pessoas da região em um ano

Formações ofertadas pelas equipes dos Fundos Sociais de Solidariedade das prefeituras transformam a vida de moradores de cinco cidades

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
23/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Chance de aprender nova profissão, ou de até mesmo aprimorar os conhecimentos e, com isso, ampliar as oportunidades. É essa a perspectiva oferecida pelos cursos profissionalizantes promovidos pelos Fundos Sociais de Solidariedade das prefeituras de cinco cidades do Grande ABC, exceto Mauá e Rio Grande da Serra. Durante todo o ano de 2018, pelo menos 3.000 moradores tiveram aulas de confeitaria, panificação, depilação, manicure, construção civil, entre outras áreas, tudo de forma gratuita.

Moradora de Ribeirão Pires, a autônoma Rogéria Felipe Leite Barroso, 42 anos, já fazia cones trufados, balas caseiras e lanches naturais, quando participou de curso de panificação. No entanto, conseguiu, a partir da nova formação, incrementar sua renda em ao menos 40%. “Já produzia alguma coisa para consumo da minha família, mas o curso ampliou meus conhecimentos”, declarou. Rogéria passou a produzir e comercializar pães caseiros, junto com a irmã, Valquiria Felipe Leite Gomes, 52. “Me ajuda muito, tenho dois filhos, de 3 e 14 anos, é um complemento financeiro importante”, destacou a produtora, que já planeja fazer outros cursos na área de panificação.

Quem também viu sua renda mensal aumentar foi a moradora de Diadema Vanessa Siqueira Cavalcante, 36. No Fundo Social da cidade, fez curso de depiladora, design de sobrancelhas e assistente de cabeleireiro. “A formação foi maravilhosa, as professoras eram muito dedicadas e a gente teve a oportunidade de praticar, o que ajudou a entender bem o que estava sendo feito”, declarou. Vanessa também já trabalhava como autônoma vendendo bolos e salgados, e a nova atividade representou acréscimo de 50% aos vencimentos. “Agora vou fazer curso de manicure, pretendo seguir sempre me atualizando”, afirmou.

As mulheres são maioria em boa parte das formações. A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade de Diadema, Caroline Rocha, relatou que as atividades foram retomadas em 2014 com o objetivo de oferecer cursos de rápida duração para os moradores que estão, na maioria das vezes, desempregados. “O intuito do trabalho é que todos exerçam a profissão, que coloquem em prática o que foi aprendido e que, acima de tudo, promovam o desenvolvimento social e a busca pelo bem-estar do próximo.”

Algumas formações são realizadas em parceria com outras instituições, como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Em Santo André, 707 pessoas de formaram em 2018 e a expectativa é que sejam ofertadas 1.600 vagas para 2019. Em 2017, não foram realizados cursos.

Em São Bernardo, que passou a oferecer as formações em outubro de 2017, foram capacitadas 204 pessoas e a administração aguarda posicionamento do novo governo estadual sobre as vagas para 2019. Em São Caetano, 980 pessoas concluíram os cursos e serão ofertadas 1080 vagas no próximo ano. Diadema capacitou mais de 400 pessoas em 2018, 400 em 2017, e serão abertas 500 vagas em 2019. Ribeirão Pires formou 839 pessoas este ano, um pouco menos que os 867 do ano passado. Não foi informada a previsão de vagas para o ano que vem.

Na cidade de Mauá, capacitação é realizada por meio do Pronatec

Na cidade de Mauá, os cursos de capacitação são ofertados pela Secretaria de Trabalho e Renda, por meio do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Segundo a Prefeitura, em 2017, foram disponibilizadas 2.904 vagas, número que passou para 495 neste ano em função do processo de mudança de endereço da Pasta, além da não renovação dos cursos.

As formações são realizadas no modelo de EAD (Educação a Distância) em áreas diversas, como assistente administrativo, assistente de faturamento, inglês e espanhol básico, recepcionista e outros.

Já foram ofertadas 15.802 vagas em parceria com o Ministério da Educação por meio do Pronatec, mas de acordo com a administração, ainda não houve a obtenção de dados das certificações desta parceria para apontar quantas pessoas concluíram as formações.

Segundo a Prefeitura, o governo registrou neste ano 326 pessoas certificadas, e em 2017, foram feitos 690 cadastrados que completaram a grade profissionalizante pelo programa Qualifica Mauá, iniciativa municipal que também disponibiliza vagas em cursos profissionalizantes. A Prefeitura não informou dados específicos sobre esse programa.

A Secretaria de Trabalho e Renda ainda não definiu quantas vagas serão ofertadas em 2019.  




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