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Professor dá dicas sobre redação

Profissional acredita que falta de preparo, imaturidade e acesso a notícias falsas das redes sociais causam insegurança na hora da prova

Por Bia Moço
Especial para o Diário
07/11/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Escrever pode parecer tarefa fácil, mas nem todos conseguem colocar no papel ideias e opiniões, principalmente quando sabem que de determinado texto depende o futuro. A insegurança costuma tomar conta de pré-vestibulandos, que ficam de ‘cabelo em pé’ na preparação para a prova de redação, que está entre os principais fatores de classificação na busca por vaga no curso superior. Dependendo da universidade e da área escolhida, a nota alcançada pode significar a garantia da vaga ou ter de adiar o projeto.

Para o professor de Redação do Curso Positivo Wellington Borges Costa, conhecido como Wella, o nervosismo está muito ligado à imaturidade e à falta de preparo dos alunos, que muitas vezes se preocupam em terminar rápido e esquecem que a prioridade é o conteúdo. Uma das principais dicas que ele dá é a divisão do tempo para a escrita, e ter atenção na hora de passar o texto a limpo. Segundo Wella, quando a prova de redação ocorre junto à de outras disciplinas, é aconselhável começar e terminar pela redação. “O ideal é fazer primeiro o rascunho da redação e só voltar a mexer no texto depois de feitas todas as questões e ter passado tudo para o gabarito”, explica.

Além disso, o professor reforça a ideia de que ler bem o enunciado, entender o que se pede e analisar o tema antes de começar a escrever são a chave para um bom texto. “Escrever é como um trajeto, um percurso detalhado, um itinerário com ponto de partida e ponto de chegada. Primeiro se lê, entende, avalia e pensa. Depois tem de definir o ponto de onde vai começar a ideia, por fim, organizar e chegar a uma conclusão. Planejamento é essencial, e tem de ter calma e paciência para se fazer bem.”

Para o professor, os alunos precisam ler mais e se informar melhor dos assuntos que estão na mídia, tendo em vista que o hábito da leitura ficou para trás com o advento das redes sociais e eles podem ser levados a erros por notícias falsas. “A aquisição da informação tem ligação com o uso das redes sociais, são as famosas ‘fake news’, onde se propagam muitas informações que não são verídicas.”

Wella acredita que outros assuntos que devem ser estudados pelos vestibulandos são: reforma da Previdência, terceirização da mão de obra, corrupção, reforma política, voto distrital, reformas do processo eleitoral, ideologia de gênero, homofobia ou transfobia, discursos intolerantes, substituição da palavra escrita pela imagem e fotografias nas redes sociais, Mobilidade Urbana e inclusão social.




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