O governo do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), comunicou a Câmara que enviará nos próximos dias projeto que prevê manutenção do abono aos servidores da Educação.

O benefício foi alvo de polêmica entre o fim do ano passado e o início deste exercício depois de a gestão do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) não efetuar pagamento das duas últimas parcelas aos funcionários. De um lado, o peemedebista garantiu ter deixado dinheiro em caixa para que a governo Auricchio quitasse o bônus, o que ocorreu apenas em fevereiro e em março. A gestão tucana, por sua vez, alegava que os recursos que seriam destinados ao benefício sequer foram empenhados, o que impedia que os pagamentos fossem executados.

Segundo Auricchio, os valores e o número de parcelas do abono não sofrerão modificações. “Estão mantido os valores e as parcelas do ano passado”, informou o chefe do Executivo.

Os valores do abono, concedido a cerca de 4.000 servidores da Educação, variam entre R$ 700 e R$ 1.000, de acordo com a ocupação, hierarquia de cada funcionário e a produtividade – no caso dos professores, que recebem por hora/aula. Não há previsão de quando o projeto será votado na Câmara.

Auricchio prorrogou por “mais uns 15 a 20 dias” o envio da reforma administrativa ao Legislativo. Em fevereiro, o tucano estimou que enviaria o texto à Casa na primeira quinzena de março, o que não ocorreu. A ideia, porém, era ter promovido as mudanças já nas primeiras semanas de governo, mas o tucano segurou a medida depois que viu a oposição garantir maioria na Câmara e formar o chamado G-10 (grupo de vereadores do PMDB, PP, DEM e PR). Entre as mudanças estão a extinção da Secretaria de Comunicação e a criação da Controladoria Geral do Município. (Colaborou Vinicius Barbosa)