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Santo André planeja baixar índice de perda de água pela metade

Semasa estima que 47% do total do recurso hídrico da cidade seja desperdiçado devido a vazamentos

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
04/02/2017 | 07:00
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Ricardo Trida


 Operação iniciada ontem em Santo André pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) tem o objetivo de reduzir o índice de perda de água tratada do município, na casa dos 47% – o mais alto entre as sete cidades –, pela metade. O problema, geralmente resultado de tubulações antigas e de vazamentos presentes ao longo da rede de abastecimento ou de ligações clandestinas, compromete 39% de todo o recurso tratado pelas companhias de saneamento no Brasil, número bem acima dos índices de países desenvolvidos, como Estados Unidos (13%) e Austrália (7%).

“De cada 100% (de água tratada) só consigo entregar 53% (ao consumidor). Nós perdemos quase o dobro do que o ideal”, destaca o superintendente do Semasa, Ajan Marques. O trabalho de caça-vazamentos, iniciado ontem na Rua Ageu Silveira Monteiro, no Jardim Las Vegas, deverá ser reforçado por empresa que será contratada pela autarquia para realizar mapeamento da rede municipal. “A gente tem que soltar a licitação ainda neste mês. O objetivo é fazer um macrotrabalho na cidade”, afirma.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) observa que a ação contra perda de água faz parte do compromisso de solucionar problema de intermitência no abastecimento, uma das principais reclamações da população, cujo prazo se encerra no dia 9. “Na próxima semana efetivamente o problema de falta d''água estará resolvido, o que é uma grande conquista”, avalia.

Conforme o chefe do Executivo, além da retomada do diálogo junto à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) – responsável pelo fornecimento de 95% da água consumida na cidade – a respeito da dívida de R$ 3,4 bilhões, uma das alternativas é a manutenção do serviço de abastecimento, como é o caso de instalação de redutores de pressão a partir da próxima semana. “Isso vai permitir o aumento do volume (do recurso) enviado para a cidade.”

NA REGIÃO

São Bernardo é a segunda cidade com índice de perda de água mais alto da região, média de 29,8%, conforme a Sabesp. Em Diadema, a taxa é de 22,5% e, em Ribeirão Pires, 21,3%. São Caetano fechou 2016 com índice de 16,61% e Rio Grande da Serra, com 14,4%. A Sabesp informou que as metas para redução de perdas até 2020 nas cidades operadas pela companhia são: 20,4% em Diadema, 21% em São Bernardo, 18,1% em Ribeirão Pires e 10,3% em Rio Grande da Serra. O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano destacou meta de 15% no percentual de perda de água até o fim do ano.

Conforme a Sabesp, a Região Metropolitana de São Paulo tem tubulação com idade superior a 40 anos. Para uma possível substituição, o custo giraria em torno de R$ 9 bilhões.




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