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Embaixador nega derrota brasileira na OMC
Do Diário do Grande ABC
21/06/2000 | 09:32
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O embaixador José Alfredo Graça Lima, negou nesta quarta-feira em Genebra que o Brasil tenha sofrido na Organizaçao Mundial do Comércio (OMC) a maior derrota comercial de sua história na disputa entre a Embraer e a Bombardier. "Nao houve derrota comercial nenhuma, mas sim uma revisao legal da forma como a Embraer recebia apoio do governo brasileiro", disse Graça Lima que chefia a delegaçao especial brasileira que esta na Suíça para negociar com o Canadá um eventual acordo que encerra a disputa. "Tem gente que pensa que o país terá que desembolsar dinheiro para o Canadá, isso é um absurdo."

Os representantes brasileiros e canadenses vao se reunir quinta e sexta-feira para tentar negociar um acordo bilateral que encerre a disputa na OMC. "Estamos confiantes que encontraremos uma soluçao negociada, embora isso nao deva ocorrer ainda nessa semana, mas sim dentro dos próximos 30 dias. Nao interessa a ninguém interromper o comércio bilateral entre os dois países", disse Graça Lima. No dia 21 de julho, o órgao de apelaçao da OMC deverá anunciar o veredicto final sobre o recurso apresentado pelo Brasil referente a sentença inicial, que determinou que o Proex é uma forma de subsídio e que o canadá tem direito a ser ressarcido.

Na primeira reuniao bilateral realizada em Nova York no mês passado, o Brasil se mostrou disposto a indenizar o Canadá em relaçao aos contratos da Embraer cujos avioes ainda nao foram entregues. Além, disso, se propoe a rever o Proex e conceder benefícios ao Canadá no setor de serviços e compras governamentais. Segundo Graça Lima o Canadá havia se comprometido a especificar quais sao as suas propostas até a sexta-feira passada, o que até agora nao ocorreu.

Canadá - O porta-voz da missao canadense em Genebra, Svein Blake, disse que o seu país prefere nao comentar os detalhes das negociaçoes bilaterais. "É um assunto muito delicado, preferimos ficar de boca fechada por enquanto", disse Blake. "Temos que ser otimistas com o desfecho desse processo, pois ou fecharemos um acordo com o Brasil ou vamos ter o direito com base na decisao da OMC, de incrementar retaliaçoes contra uma série de produtos brasileiros. Mas preferimos uma soluçao que nao afete as relaçoes comerciais dos dois países." Blake disse que no caso de um acordo bilateral, o fator chave é que a questao do Proex seja solucionada "Com o fim do subsídios para a Embraer." O diretor da Câmara de comércio exterior, Roberto Giannetti da Fonseca, desembarca hoje em Genebra para participar das negociaçoes.




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