A ausência de medicamentos na Farmácia de Alto Custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, continua gerando dor de cabeça a munícipes que dependem do sistema de distribuição. Segundo usuários, faltam ao menos duas fórmulas no estoque da unidade.

A equipe do Diário esteve no hospital e constatou as dificuldades enfrentadas por moradores ao tentarem retirar os medicamentos Risperidona (1mg) e Topiramato (25mg e 50mg).

Há dois meses, o serralheiro Jurandir Campos da Silva, 46 anos, tem sido obrigado a arcar com custo mensal de R$ 360 para comprar medicamentos necessários para a filha Bruna Sousa Campos da Silva, 8. “Desde de fevereiro eles (Farmácia de Alto Custo) estão sem estoque do Topiramato (25mg e 50mg). Como é um remédio para epilepsia, estou tendo de comprar para não afetar o tratamento da minha filha”, relata.

O problema é semelhante ao enfrentado pela dona de casa Ruth Dias de Almeida, 46. Desde fevereiro, a moradora de Diadema volta para casa de mãos vazias por não encontrar o medicamento Risperidona (1mg). “Se não tivesse ajuda da minha vizinha, não sei como iria fazer para comprar o remédio da minha neta. É muito complicado”, reclama.

Em nota, a Secretaria da Saúde estadual afirmou que a ausência do Topiramato 50mg no estoque da farmácia do Hospital Estadual Mário Covas foi ocasionado devido a atraso na entrega por parte do fornecedor. Conforme a Pasta, a empresa já foi cobrada e “está sujeita a multa por descumprimento de prazo”. O Estado informou que houve “desabastecimento temporário do remédio devido a aumento inesperado da demanda”. Nova compra está em andamento.

Já em relação ao Risperidona (1mg), a secretaria afirmou o fornecedor protocolou pedido de prorrogação do prazo para a entrega do estoque para a primeira semana de abril. No entanto, a Pasta não aprovou o pleito e solicitou que sejam cumpridos os prazos estipulados em edital – 9 de março. A empresa também está sujeita à multa devido ao descumprimento.