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Exemplos que vêm da eleição argentina
Por Beto Silva
29/10/2015 | 07:00
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A campanha eleitoral para presidente da Argentina teve um fato inédito no primeiro turno. Pela primeira vez na história da redemocratização do país, em 1983, o candidato favorito não participou do debate. Daniel Scioli, que representa o governo Cristina Kirchner, estava bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto. Poderia, inclusive, vencer no primeiro turno. Por isso preferiu se ausentar da troca de ideias e projetos em evento televisivo organizado por acadêmicos e ONGs. Seu púlpito ficou por lá, vazio. A imagem de Scioli foi desgastada. E o resultado veio nas urnas, alguns dias depois. O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, se aproximou e levou o pleito para o segundo turno, também pela primeira vez na história argentina. Ficou atrás apenas dois pontos percentuais e meio: 36,8% a 34,3%. Agora, a continuidade do projeto kirchnerista está ameaçado. O que fez Scioli? Mudou de opinião e agora vai para o debate no segundo turno. Agora tem projetos? Agora tem o que dizer à população? Agora está pronto para enfrentar o adversário olho no olho? Está no plano do Diário realizar, ano que vem, a terceira edição de debates com os prefeituráveis. Todos serão convidados, como sempre. O objetivo é dar mais elementos para os eleitores definirem o voto. É a colaboração do jornal com a democracia e com a cidadania. Vamos ver quem terá atitude como a de Scioli.

Na espera
Vereador de São Bernardo, Ramon Ramos (PDT) aguarda a executiva estadual passar o comando do diretório municipal para ele. Situação se arrasta desde o início do mês, quando Edinho Montemor, atual mandatário, rompeu com o governo para compor com a oposição – está mais próximo de Orlando Morando (PSDB), mas também conversa com Alex Manente (PPS). O parlamentar vai garantir apoio à candidatura a prefeito do secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli (PT).

Incoerência
O PT brada aos quatro cantos que os malfeitos na administração federal são combatidos e não há interferência nas investigações, seja da Polícia Federal seja da Controladoria-Geral da União. Os petistas garantem haver autonomia das autoridades investigativas. Ao contrário das gestões tucanas, segundo eles. Por que, então, estão brigando entre si por causa das buscas da PF no escritório de Luís Cláudio, filho de Lula? Dizem que o ex-presidente estrilou com a pupila Dilma Rousseff (PT). Pelo jeito, a transparência e liberdade das forças de fiscalização e segurança ficam só no discurso. 




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