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Procópio Ferreira fica para novembro

Obras para construção de 176 moradias no Jardim Silvana, em Santo André, ficaram dois anos paralisadas e serão entregues com quatro anos de atraso

Daniel Macário
Especial para o Diário
17/08/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A Prefeitura de Santo André promete concluir, em novembro deste ano, a construção de 176 moradias que compõem o Conjunto Habitacional Procópio Ferreira, localizado no Jardim Silvana. Iniciada em 2010, a obra tinha previsão para ser entregue em junho de 2011, entretanto, ficou paralisada por quase dois anos, após rescisão de contrato, em fevereiro de 2012, com a empreiteira responsável. Neste período, o espaço sofreu invasão de grupo de 100 famílias como forma de protesto contra o abandono dos trabalhos.

As obras foram retomadas em janeiro de 2013. A expectativa é de que a construção custe em torno de R$ 8,4 milhões. O conjunto contará com oito prédios, contemplando famílias do Jardim Irene e núcleos Gamboa, Capuava Unida e Espírito Santo, localizado no Bairro Cidade São Jorge.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação da cidade, Paulo Piagentini, o conjunto habitacional está com as obras em ritmo acelerado. “No momento, os funcionários realizam trabalhos de acabamento como, por exemplo, pintura e parte de paisagismo inclusa no projeto. A estrutura está praticamente finalizada. A previsão é de que no final de novembro as famílias já possam ocupar o espaço”, afirmou.

O secretário explica que a demora de cinco anos para a conclusão do projeto aconteceu em decorrência de diversos fatores. “Após desempenho baixo da primeira empresa responsável pelo projeto (Edivia Edificações e Incorporações) tivemos um período de aproximadamente dois anos de obras paradas até a segunda colocada da licitação assumir os trabalhos. Quando isso aconteceu, a expectativa era de entregar as chaves em fevereiro deste ano, mas, depois de algumas invasões no local, os acabamentos tiveram de ser refeitos.”

O espaço foi invadido por grupo de cerca de 100 moradores dos núcleos Gamboa e Capuava Unida no fim de 2013. As famílias, que aguardavam por solução habitacional, queriam chamar a atenção da administração para o abandono das obras. Na ocasião, integrantes da Polícia Militar e da Prefeitura negociaram a saída dos moradores após cadastramento.

O projeto tem investimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, com contrapartida do Tesouro municipal.

Ainda de acordo com Piagentini, desde o início do ano a Prefeitura tem de arcar com custo extra. Isso porque, 74 famílias que residiam no antigo núcleo Gamboa estão recebendo auxílio-aluguel no valor de R$ 465 enquanto aguardam a conclusão das obras.

Expectativa é entregar 4.000 moradias até 2016

A prefeitura de Santo André contabiliza a entrega de 2.072 moradias por toda a cidade desde 2009. A expectativa é que esse número dobre até o final da gestão.

“Atualmente temos 432 moradias em andamento. Além do Procópio Ferreira, outro conjunto que deve ser entregue nos próximos meses é o Catiguá. Nossa previsão é que as obras sejam finalizadas em fevereiro de 2016”, revela o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Paulo Piagentini.

A construção de 96 apartamentos no Conjunto Catiguá, no Parque Erasmo, ficou paralisada por cerca de três anos, após as construtoras responsáveis abandonarem o serviço, alegando dificuldades financeiras para finalizar o empreendimento. Os trabalhos, iniciados em 2010, foram retomados em 2014.

O projeto é realizado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e todo o investimento – de R$ 76 mil por unidade – é feito pelo governo federal. As moradias contarão com cozinha, lavanderia, sala e dois dormitórios.

Além disso, conforme Piagentini, com o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, iniciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) no início do mês, a previsão é que o número de conjuntos aumente. “Ao todo, temos 2.700 moradias com projeto feito e pronto. Só estamos aguardando a nova fase do programa para verificar liberação de verba”, garante.




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