Economia Titulo Paralisação
AzkoNobel e químicos continuam sem acordo
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
29/10/2011 | 07:02
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Divulgação


Os trabalhadores químicos da AzkoNobel não conseguiram arrancar uma concessão da companhia para seus pedidos. Com o efetivo de 120 funcionários da produção de braços cruzados desde quarta-feira, o Sindicato dos Químicos do ABC reviu sua pauta de Programa de Participação nos Resultados.

Os trabalhadores em greve decidiram, em assembleia votada ontem, abater em R$ 100 - dos R$ 2.800 pedidos até quinta-feira - a PPR. Mas a empresa está irredutível, e não abre mão de oferecer R$ 2.600 ou R$ 3.000 com cumprimento de metas. É o que reclama o diretor do sindicato Sérgio Augusto Lins.

Agora, além de buscar um valor comum de PPR, sindicalistas temem retaliações por conta dos dias parados e incluíram outras demandas na pauta, como a estabilidade do emprego e salários. "Estamos discutindo o pagamento das horas paradas. Por mais que esteja previsto na Constituição o direito à greve, ocorre de chefes acabarem perseguindo os trabalhadores que se destacam como lideranças ou mexer em seus salários", justifica Lins. Eles utilizam como argumento a convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que, caso fosse avalizada no País, proibiria a demissão de funcionário sem justificativa plausível.

A empresa, sediada em São Bernardo, contabiliza 420 funcionários; a parte administrativa e parte do efetivo da produção seguem trabalhando normalmente. Conversas incipientes entre os dois lados tentaram chegar num consenso, mas, oficialmente, não houve reunião de acordo.

A AzkoNobel deve amargar produção menor até segunda-feira, quando está marcada uma nova rodada de discussões entre os químicos da fábrica. "Esperamos que se chegue a um consenso sobre a PPR", diz Lins. As manifestações ocorrem desde segunda-feira, quando os químicos começaram a atrasar a abertura do turno em duas horas.

CAMPANHA SALARIAL - Paralelamente às discussões de PPR, que fazem parte do acordo coletivo da categoria, mas que é definido individualmente pelas fábricas, os químicos da região estão em campanha salarial. Pedem, entre outros, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, 13% de reajuste na renda e elevação do piso de R$ 815 para R$ 1.200.




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