Política Titulo Santo André
Craisa passará por auditoria
e abrirá licitação para boxes

Grupo de 12 vereadores que compõem a oposição cobra
transparência; o superintendente fala em irregularidades

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
13/03/2013 | 07:00
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Após vistoria do G-12 - grupo de 12 vereadores que compõem a oposição - ontem à Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o superintendente da autarquia, Hélio Tomaz Rocha,afirmou que irá auditar os contratos da gestão Aidan Ravin (PTB), visando apurar o ‘caminho das pedras' da má utilização do dinheiro público.

A Craisa informou que o governo petebista (2009 a 2012) deixou R$ 11 milhões de dívida com fornecedores, resultante de atraso desde agosto, e R$ 4,2 milhões de débito com impostos (IR, INSS, Cofins, FGTS, PIS e ICMS). Aos todo, segundo a direção da autarquia, são R$ 17,3 milhões de passivo. /CWO débito é estranho, pois a maior parte da verba da companhia é carimbada e dificilmente há brecha para equívocos administrativos.

A Craisa não deu prazo para o resultado da varredura. "Foi falha da gestão anterior da Craisa ou da Prefeitura, que deveria repassar e não passou (recursos). O tamanho da gravidade tem de ser apurado", disse Hélio. "Como pega dinheiro carimbado e evapora? Foi para algum lugar, é algo insano."

O impasse deixou à mercê serviços essenciais de abastecimento, como fornecimento de merenda à rede de ensino. O plano da Secretaria de Finanças é zerar o deficit até dezembro na Craisa, hoje com orçamento de R$ 34 milhões.

A inspeção parlamentar, por sua vez, ficou norteada, principalmente, na averiguação de denúncias de irregularidades na concessão dos boxes da autarquia. Os vereadores fizeram série de demandas ao cobrar transparência na situação. Representantes do governo Carlos Grana (PT) se comprometeram a responder os questionamentos num limite de 30 dias.

O presidente da Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), João Batista de Lima, alegou que há privilégio político na ação adotada pela direção de tomar, via Justiça, a concessão de seis boxes, que estavam fechados, e cinco módulos. "Tornaram o ato nulo e colocara (administração) outros no mesmo lugar. Isso não é legítimo. Se havia irregularidade, tinha de continuar vazio (pois necessita de licitação para a permissão de uso)."

O presidente da Câmara, Donizeti Pereira, disse que ficou "muita coisa escusa". "Ficaram dúvidas sobre os critérios usados para sair com um e deixar outro de modo precário."

A direção anunciou que a licitação dos 63 boxes sairá na última semana de março. Hoje, todos os permissionários estão sem contrato vigente. No governo passado houve três tentativas frustradas de executar a licitação. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) encontrou vícios nos processos.

 




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