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Para CNI, reforma tributária evita recessão
28/11/2008 | 07:00
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O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, disse na quinta-feira que não há sinal melhor para evitar a recessão, neste momento de crise, do que aperfeiçoar o sistema tributário nacional.

Segundo ele, a reforma tributária reduz impostos e melhora o ambiente de operações das empresas. "O Brasil continua tendo condições de fazer a reforma tributária, porque vem crescendo. Agora, na perspectiva de uma desaceleração, o Brasil emitir sinais concretos de que nós estamos dispostos a melhorar o ambiente de operação das empresas", afirmou Monteiro Neto.

Na avaliação dele, a redução do IOF, por exemplo, significa reduzir custos. "O IOF está no custo das operações financeiras das empresas, e precisamos reduzir o juro na ponta (para o consumidor final)", afirmou. Ao sair de uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da CNI foi questionado se, neste momento de crise, a redução dos juros não seria melhor do que a reforma tributária. Respondeu que uma coisa não exclui a outra. Disse que, apesar de só se falar em redução dos juros básicos, é preciso que se reduza o custo das operações financeiras na ponta.

Ele defendeu a redução dos spreads cobrados pelos bancos públicos como forma de se diminuir o juro cobrado na ponta. "Os bancos públicos precisam desempenhar um papel neste momento no sentido de reduzir spreads, porque não é possível que, em uma hora de crise, até os bancos públicos queiram aumentar juros na ponta. Isso reclama uma ação coordenada e firme do governo", afirmou Monteiro Neto. Segundo o presidente da CNI, a melhor forma de o Banco do Brasil recuperar sua participação no mercado é reduzir os juros. "Ao reduzir os juros, ele (BB) tem, em tese, maior apelo para seus clientes e induz uma maior participação dele no mercado".

O BB anunciou a redução, a partir de quinta-feira, das taxas de juros de algumas modalidades de crédito para pessoas físicas e jurídicas, como na Conta Garantida, desconto de títulos, operações de capital de giro, adiantamento de crédito ao lojista e cartões de crédito. E o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou ao Congresso que o presidente Lula orientou os bancos públicos a adotarem o papel de liderança na ampliação da oferta de crédito e redução do custo dos empréstimos.




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