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Crianças desenvolvem prazer pelas artes

Na Emeief Fernando Pessoa, alunos têm contato com pinturas brasileiras importantes

Por Mirela Tavares
Do Diário do Grande ABC
05/12/2011 | 07:00
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O nome dado à Emeief Fernando Pessoa, no Jardim Estela, em Santo André, é de grande escritor, mas pelo local não faltam referências aos mestres da pintura e da escultura.

Isso porque todos na escola respiram arte. "Ela nos permite trabalhar com todas as áreas do conhecimento, além de estimular a criatividade dos alunos e contribuir para que possam expressar seus sentimentos e impressões que captam do mundo", justifica a assistente pedagógica Irene de Almeida Gonçalves.

Para a diretora Sirlei Rodrigues Rubio, a arte tem ainda dois papéis primordiais na educação infantil. "Ela ajuda muito na inclusão das crianças com deficiências e propicia trabalhar muito bem a diversidade." Com essa filosofia é que a professora Ellen Balbuena Henrique Garletti desenvolveu com a sua turminha de 4 e 5 anos do 2º Ciclo Inicial série de atividades que estão incluídas em trabalho ainda mais amplo, o projeto coletivo da escola Aprendendo, Transformando e Reinventando o Fazer Artístico.

No programa, cada professora aborda os temas artísticos de acordo com o perfil e a faixa etária da turma. Os alunos de Ellen ganharam destaque pelo interesse e pela resposta rápida às atividades, apesar da pouca idade.

OUTRAS ARTES
Mas na programação também foram incluídas tarefas de escultura, música, dança e teatro. "A cada bimestre trabalhamos uma linguagem da arte", conta a professora. Na pintura, trabalhada no primeiro e terceiro bimestres, o destaque foi a obra do pintor brasileiro Romero Brito. "O trabalho dele nos ajuda a abordar as cores e as formas com as crianças de uma maneira estimulante, e elas adoram", diz Ellen. Para quem duvida, vale o depoimento de Richard Massola de Souza, 5 anos. "Eu gostei de pintar tudo, o gatinho, o coração, o cachorro...", relatou ele, descrevendo sua lista.

Durante o segundo bimestre, a atenção foi direcionada para a música e dança de acordo com as regiões brasileiras. "Trabalhamos com o resgate da história do São João, explorando a festa fora do contexto religioso e aproveitando toda a riqueza cultural da tradição junina", disse Ellen.

Alunas participativas como Samanta dos Santos Gnoli gostaram muito das atividades, principalmente por conta da música. "Eu canto muito na sala e em casa", conta ela, fazendo questão de registrar que o seu cantor preferido é Luan Santana. Mas apesar do interesse pela música, Samanta ainda prefere as atividades de pintura.

"Eu não pintava em casa, mas agora eu pinto e gosto mais de fazer pessoas", explica a pequena aluna, com a desenvoltura de quem já conhece bem as tintas, apesar dos seus cinco aninhos.


Estudantes já começam a dar valor ao material

E é essa naturalidade em reconhecer e trabalhar com arte que Irene destaca como um dos grandes méritos do projeto. "Os alunos passam a ficar mais atentos a tudo, a reconhecer a arte e os seus autores", afirma a assistente pedagógica.

Ela lembra a alegria de um aluno de turma mais avançada quando percebeu que uma das praças pela qual passava frequentemente era uma homenagem a reconhecida pintora mexicana Frida Kahlo.

Irene alerta ainda para a importância da participação efetiva dos pais para os bons resultados. "E eles são muito colaborativos", garante. Que o diga a professora Ellen. Um dos dois painéis criados por ela e as crianças contou com a expressiva participação deles. No mural, pendurado bem na entrada da escola, fotos dos pais com os filhos em meio a colagens remetendo à obra de Romero Brito. Um sucesso.




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