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Dados: petróleo para novos negócios
Do Diário do Grande ABC
01/03/2021 | 08:21
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 O dia 27 de agosto de 1859 mudou totalmente o rumo da história do País e foi fundamental para o mundo que vivemos hoje. Não foi a chegada do homem à Lua nem o lançamento do primeiro computador. Na cidade de Titusville, Pensilvânia, um empresário descobria o petróleo. Nos últimos anos, executivos adotaram a frase ‘dados são o novo petróleo’, de Clive Humby, como mantra para justificar investimentos de baixo desempenho em análises avançadas de dados. Empresas tradicionais, como Itaú e Walmart, atualmente ocupam o topo das reservas de dados, mas ainda têm enorme valor inexplorado.

O conceito de transformação digital vem sendo cada vez mais difundido e as organizações precisam estar prontas para ele, principalmente para a avalanche de dados que propicia. Hoje, a personalização é lei e vence quem consegue customizar melhor. Saber usufruir dessa informação mudará substancialmente a maneira como as corporações operam e tornará os dados tão valiosos quanto o petróleo. Temos três pontos que precisam ser compreendidos para melhorar os negócios.

A transformação digital muitas vezes é o pontapé inicial para o uso de análises preditivas e insights disruptivos que vêm do Vale do Silício. Após infinitas pesquisas sobre modelos de negócios inovadores e maneiras exponenciais de crescer em pouco tempo, as empresas chegam ao mais profundo nirvana corporativo e à decisão cada vez mais comum: minha empresa precisa se tornar organização orientada a dados.

De repente, todos parecem estar falando sobre bancos de dados e afins. Mas a realidade, nua e crua, é que os resultados neste estágio são raros para aumentar as vendas ou mover substancialmente o ponteiro dos KPIs financeiros. É o momento de partir para a etapa: encontrar cientistas de dados para interpretar esses dados.

Na ciência de dados, dentre as possibilidades profissionais em voga nos últimos anos, certamente ser cientista de dados está entre elas. Quanto mais dados, maior a necessidade de mentes capacitadas para interpretar e saber o que fazer com esse petróleo bruto. Mas não é fácil, por hora, encontrar esses especialistas. A máquina é treinada pelo ser humano para aprender modelos preditivos e tornar os sistemas, integrações e dados ainda mais inteligentes dentro de cada empresa.

Na ciência da decisão, o sucesso de um negócio passa por decisões precisas. Os líderes são avaliados pela qualidade de suas escolhas. Assim, o elemento humano à frente de uma empresa é insubstituível. O caminho não é tão simples e rápido quanto parece. Mas, depois de entender como usufruir dos dados de maneira correta, o impulsionamento do negócio é certo.

Carlos Naupari é CEO da empresa Fligoo no Brasil.

PALAVRA DO LEITOR
Punições
Até agora têm se mostrado de pouca eficácia as medidas dos prefeitos da região para combater o aumento dos casos de contaminação e morte pelo coronavírus. As pessoas infelizmente mostram a cada dia que não estão dispostas a colaborar. É cada um por si. Falta a chamada empatia. Dão a desculpa de que não conseguem mais ficar em casa – milhares de pessoas que moram nas ruas gostariam de ter uma casa para ficar – e, assim, aglomeram, se contaminam e levam o vírus para casa, adoecendo e matando familiares. Sugiro medidas drásticas, como apreensão de carros dos desobedientes e multa, porque, enquanto não ‘mexer’ no bolso, nada melhora. E não venham com blá-blá-blá de ‘direito de ir e vir’, pois todos temos direito de viver com saúde, não correr riscos por causa de inconsequentes.
Paulo Ricardo Berttollatto
Diadema

Fotografia
Vi com certa tristeza a foto do prefeito Tite Campanella com o presidente Jair Bolsonaro (Política, 24). Filho do saudoso Anacleto Campanella, Tite sabe como poucos como seu pai, líder do movimento de emancipação de São Caetano, batalhou contra a ditadura militar, movimento que Bolsonaro exalta. Regime esse que cassou o mandato de Anacleto Campanella no passado. Evidentemente que um prefeito precisa ter boa relação com todos os entes da federação, mas a foto, sem máscara, que vi me deixa mais triste do que aliviado.
José Carlos Lombardi
São Caetano

Tenhamos foco
Nesta pandemia tem quem alegue que a solução seria abrir mais hospitais de campanha, mas esquecem que só funcionam com médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, auxiliares de limpeza. Perdemos muitos soldados da linha de frente em 2020. Hospital precisa de gente para funcionar e nossa gente está morrendo. Todos estamos cansados. Mas agora é hora de deixar teorias da conspiração e fake news de lado e ter foco no que realmente importa, que é distanciamento físico, uso da máscara, higiene frequente das mãos para salvar vidas, antes que seja tarde. Acredito que restrições tinham que ser durante o dia e à noite, para achatarmos a curva o mais rápido possível. Seria nova chance de recomeçar, entendendo que nada será como antes até que todos sejam vacinados. Economia, educação das crianças, tudo isso podemos unidos recuperar. Mas não há jeito para a morte. Vida de nossas crianças não merece ser apostada no jogo de azar da Covid. Se queremos ver a economia girar e crianças na escola, usar a máscara cobrindo boca e nariz é belo começo.
Damiana Rosa de Oliveira
São Bernardo

Socorro! – 1
Dia 22, caminhões ligados às 6h50. Dia 25, caminhões e tratores ligados, às 7h20. Gritaria dos envolvidos. Gás carbônico invadindo residências. Pó interminável produzido no local. Esses são alguns dos desrespeitos que nós, moradores, passamos constantemente. Pedimos ao dono que tome atitudes para resolver esses problemas, reclamamos na Prefeitura, expomos nossos prejuízos neste espaço deste grande Diário, mas nada de solução. Falo do depósito de areia Hipólito, na Rua Camões, Vila Humaitá, em Santo André. A quem mais devemos recorrer? Semasa não existe mais para nada? E a Cetesb? Paulo Serra, não são só os moradores do Centro da cidade que precisam de ajuda.
Maria Helena Alves
Santo André

Socorro! – 2
O que exatamente está faltando para o proprietário do areião na Rua Camões, na Vila Humaitá, em Santo André, cobrir o seu estabelecimento? Vai resolver vários transtornos que irritam e prejudicam a todos nós, os – infelizmente – vizinhos. Parece que já se transformou em provocação, porque não é possível ele não tomar nenhuma atitude após tantas reclamações! Até quando vamos ter de aturar, de ter paciência? Será que ele não tem discernimento para entender que seus caminhões ligados antes do permitido – que é o horário comercial – prejudica as pessoas que têm horário para acordar e ir trabalhar tranquilamente? Será que o lucro é só o que importa a esse senhor? E o que mais irrita – além de todas as questões já citadas nesta Palavra do Leitor – é a passividade do Semasa! Por que a omissão?
Samuel Maia
Santo André

Trapalhadas
O Amazonas precisava de 78 mil doses de vacina para imunizar a população do Estado, mas recebeu 2.000. Já o Amapá, que necessitava de 2.000 doses, recebeu as 78 mil que deveriam ter ido ao Amazonas. O Ministério da Saúde, comandado por ‘Pezzadelo’, digo Pazzuello, fez essa lambança, que parece piada, mas não é. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou as quebras de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas – estranho, não era Lula que protegia os filhos? Vocês, leitores, se lembram do programa humorístico Os Trapalhões? Então, acho que nossos ‘cabeças pensantes’, os de lá de Brasília, têm se inspirado naqueles personagens. Paulo Cesar Teixeira Ruas
São Bernardo

Veneno pode?
Semana passada o Brasil atingiu a marca de 250 mil mortes causadas pela Covid. Faltam vacinas e plano do governo federal para acelerar o combate a essa terrível doença. Mas, pasmem, o Ministério da Agricultura, deste maravilhoso governo, liberou o registro de quase 70 agrotóxicos, sete deles considerados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ‘extremamente’ perigosos, tóxicos, a humanos. E o presidente já aprovou, no total, 600 produtos como esses. Veneno pode; vacina para salvar vidas, não! Este é o presidente do Brasil! A impressão que ele passa é a pior possível.
Samia Vespúcio

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