Pouco mais de uma dezena de bicicletas e 15 carros participaram da 50ª Romaria Ciclística em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, realizada domingo pela manhã. Mas a romaria tradicional dá sinais de desaparecimento. O grupo percorreu ruas de São Bernardo, São Caetano e São Paulo, no bairro da Califórnia. Tão pouca gente foi surpresa até para os organizadores, principalmente pelo fato de se tratar da edição cinqüentenária. No ano passado, mais de 100 bicicletas fizeram o percurso.

"Foi o ano de menor número de participantes que tivemos. Não sei o que aconteceu. Talvez tenha faltado mais divulgação", lamentou Luiz Carlos Ventura, 53 anos e há 35 na romaria. Ventura trabalha no Departamento de Trânsito de São Bernardo e é o atual organizador da romaria, posto que assumiu há cinco anos após a morte do autor da promessa para a santa que, realizada, deu origem ao ato de agradecimento. A imagem conduzida é da irmã do idealizador da romaria.

Vindos da Vila Califórnia, os romeiros passaram pela avenida Goiás, Guido Aliberti e estrada das Lágrimas, em São Caetano. Depois, seguiram pela Dr. Rudge Ramos, Caminho do Mar e Lions, em São Bernardo, até chegar a igreja Nossa Senhora Aparecida (conhecida como Aparecidinha), na Vila Paulicéia, onde assistiram a missa das 7h. O retorno foi feito pelo mesmo caminho.

Apesar o quórum baixo, o guarda civil municipal Rogério Alves dos Santos, 25 anos, de Santo André, conduziu, satisfeito, a imagem da padroeira do Brasil, ao lado do amigo Denilson Pasquino Garcia, 35. "Assumi há seis anos o lugar do meu pai Gilberto, que hoje (domingo) não pode participar porque está trabalhando", contou, em cima da mesma bicicleta – modelo duplo – de 35 anos atrás.