O incêndio que atingiu o edifício Windsor na noite de sábado, em Madri, foi controlado, mas as autoridades madrilenhas advertiram para o "alto risco" de desabamento do prédio de 106 metros e 31 andares.

"Estamos diante do maior incêndio da história de Madri", disse o prefeito de Madri, Alberto Ruiz Gallardón, no Paseo de la Castellana, uma das principais avenidas da capital espanhola.

"Não é o pior já que, felizmente, não há mortos ou feridos seriamente", disse Gallardón, antes de explicar que o fogo ainda não foi totalmente extinto e reforçar que "a situação continua sendo crítica".

A polícia fez um cordão de segurança em torno do local, situado no bairro financeiro de Madri, e Gallardón ordenou a restrição do tráfego e de atividades comerciais e financeiras na região até a quarta-feira.

Segundo o porta-voz dos serviços de emergência, Javier Ayuso, a causa pode ter sido um curto-circuito.

O chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, foi para o local dos fatos neste domingo para agradecer "a todos os que se mobilizaram nesta situação difícil que está sendo controlada com acerto".

"Estou especialmente agradecido com os que enfrentaram esta situação tão dura, na qual a prudência continua sendo necessária, mas em que as coisas estão sendo bem feitas", disse Zapatero.

Os serviços de emergência evacuaram dezenas de famílias de edifícios próximos, pois alguns pedaços dos andares mais altos do prédio se desprenderam durante a noite.

Ao ver as chamas, alguns moradores temeram um novo ataque terrorista semelhante aos atentados de 11 de março, no qual deixaram 191 mortos.

"Estava deitado na cama quando a minha namorada viu as imagens na televisão. Lembrei-me imediatamente das Torres Gêmeas", disse um madrilenho em alusão aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York, que destruíram os edifícios do World Trade Center.