Márcio Bernardes Titulo
Quem parte leva saudade...

A torcida do São Paulo gritou o nome de Muricy depois da derrota para o Cruzeiro. Aquele gesto de apoio de gente...

Por Especial para o Diário
23/06/2009 | 00:00
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A torcida do São Paulo gritou o nome de Muricy depois da derrota para o Cruzeiro. Aquele gesto de apoio de gente tão passional era o reconhecimento por três anos e meio de relevantes serviços prestados ao clube. E além disso, chamou nominalmente vários atletas de mercenários.

Outros torcedores, estes mais influentes, porque são dirigentes e ou conselheiros, portanto próximos do presidente, não pensam da mesma forma. Suas cornetadas são ouvidas mais facilmente. E eles não queriam a permanência do técnico no Morumbi. Alegavam motivos esdrúxulos e pouco convincentes.

Juvenal Juvêncio também não oferecia mais apoio irredutível a Muricy. Isso ficou claro quando Borges reclamou publicamente da reserva. Se quisesse o presidente deveria repreender pessoal e publicamente o atacante, reiterando que o treinador tinha autonomia para escalar quem quisesse.

A omissão de Juvenal deu chances para outros jogadores protestarem e mostrarem indisciplina. Foi assim com Washington, Dagoberto e André Lima.

Com tudo isso, além da perda do Paulista e Libertadores, o presidente não teve a visão e inteligência para entender que o São Paulo passa por um momento atribulado e negativo. E quem menos tinha culpa no processo era Muricy.

A diretoria pisou tanto na bola que basta sentir a manifestação dos esportistas, são-paulinos ou não, nas emissoras de TV e rádio, além de jornais e revistas. Todos discordaram da demissão de Muricy.

Pior de tudo, é que sem nada pessoal contra o bom e educado Ricardo Gomes, a sensação que ficou é que o clube trocou seis por muito menos.

A cartolagem do São Paulo, que sempre se auto-intitulou com uma forma diferente de agir e administrar futebol, pisou na bola. E fez relembrar o velho sucesso de Emilinha Borba: ‘Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...

SELEÇÃO BAMBAMBAM

Falar o quê de Dunga? Há três anos dirigindo a Seleção Brasileira sua performance é espetacular, chegando a quase 80% de aproveitamento.

Dunga ganhou os jogos oficiais e amistosos mais importantes que a seleção disputou nesse período. Venceu também a Copa América e está fazendo uma campanha irrepreensível na Copa das Confederações.

Os algozes do técnico que queriam vê-lo fora da CBF terão de esperar mais um pouco.

EC PINHEIROS

O clube mais tradicional do Brasil nos esportes olímpicos está formando um timaço de vôlei masculino. Bambambam!




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