Política Titulo
Guarulhos: hipótese de suicídio de vereador prevalece
Do Diário do Grande ABC
11/07/1999 | 15:17
Compartilhar notícia


O Hospital Padre Bento divulgou neste domingo um novo boletim sobre o estado do vereador de Guarulhos Toninho Magalhaes, encontrado na manha deste sábado com uma bala na cabeça, dentro de seu carro, no Jardim Santa Clara (perto do Aeroporto de Cumbica).

Segundo os médicos, a morte cerebral do vereador anunciada às 17h20 deste sábado se confirma. Ele permanece em coma profundo e seu estado é irreversível.

Investigaçoes - A polícia trabalha com a hipótese de que o vereador Toninho Magalhaes (PMDB), de Guarulhos, tenha disparado um tiro contra a própria cabeça ou tenha sofrido um atentado. Ele tinha em uma das maos um revólver calibre 38 quando foi socorrido pelo resgate de Corpo de Bombeiros, na manha deste sábado. Um exame residuográfico já foi feito para verificar se há ou nao resíduos de pólvora na mao do vereador. O resultado sai na próxima semana.

Uma testemunha ouvida pelos policiais viu quando um carro Toyota Corolla seguia em marcha lenta pela Rua Serrana, no Jardim Santa Clara. Dentro do veículo, a mulher observou uma pessoa caída com a mao no peito. O homem era Toninho Magalhaes, baleado momentos antes. Imaginando que ele tivesse sofrido um ataque cardíaco, e sem ter notado o sangue nos bancos do carro, a mulher chamou o Corpo de Bombeiros. Outras testemunhas, porém, disseram ter visto um motoqueiro perto do carro. Mas nao havia qualquer sinal de que ele estivesse armado.

Depressao - O parlamentar, citado pelo prefeito Jovino Cândido (PV), como um dos vereadores que participavam de um esquema de propinas na Câmara, foi encontrado pelos bombeiros com uma arma em uma das maos. Vários políticos da cidade foram até o hospital, mas poucos quiseram comentar o fato. A família do vereador estava inconformada. Amigos davam informaçoes contraditórias sobre o comportamento de Magalhaes nos últimos dias.

O deputado estadual Eduardo Soltur (PL) conversou com ele na quinta-feira e achou que ele estava "normal". "Ele tinha medo de morrer." O advogado Waldemar Bonaccio, de 49 anos entretanto, o achou muito deprimido nesta quinta, quando conversaram pela última vez. "Somos amigos há mais de 20 anos".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;