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Saúde recebeu R$ 3,5 bi de investimentos em 2021

Gasto por morador ficou, na média, em R$1.331,71; ao menos quatro cidades aportaram valores maiores do que o previsto

Aline Melo e Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
01/03/2022 | 08:04
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Denis Maciel/DGABC


Cinco das sete prefeituras do Grande ABC investiram na Saúde em 2021 mais de R$ 3,5 bilhões, o equivamente ao orçamento total de Santo André no ano passado. Em quatro delas, foi preciso aportar mais do que havia sido previsto no orçamento. Os dados foram informados pelas administrações e compilados pelo Diá- rio nas LOAs (Leis Orçamentárias Anuais) de cada um dos municípios. Considerando o gasto per capita, o investimento corresponde, na média, a R$ 1.331,71 por morador da região. Proporcionalmente, as cidades investiram 27% dos recursos previstos para todos os gastos no setor (veja os números detalhados na arte).

Em Santo André o valor executado foi de R$ 843 milhões. Os investimentos foram, por exemplo, na construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Carla e na construção da nova Clínica da Família do Jardim Ana Maria. O prefeito Paulo Serra (PSDB) afirmou que a cidade, desde o primeiro dia de pandemia, fez uma escolha: salvar vidas. "Por isso, nos estruturamos, chegamos a contar com três hospitais de campanha. E, mesmo no pior momento, quando chegamos a ter 1.100 pessoas internadas, nenhum andreense ficou sem atendimento médico", destacou.

O chefe do executivo pontuou que o tripé cuidado, infraestrutura e planejamento fez do município referência em cuidar de pessoas. "Uma decisão que também nos conduziu à vacinação, com grande adesão por parte da nossa gente. Agora, com a imunização sendo completada, inclusive nas crianças a partir de cinco anos, a nossa cidade se prepara para superar definitivamente a Covid-19".

São Bernardo investiu R$ 1,374 milhão, incluindo obras de reforma e adequação do Hospital da Mulher e construção da UPA Silvina, ambas ainda em execução. O prefeito Orlando Morando (PSDB) alegou que a Saúde tem sido tratada como prioridade desde o início da gestão. "Durante a pandemia esse lema se tornou ainda mais forte. Foi assim que entregamos dois hospitais: o Hospital de Urgência e o novo Hospital Anchieta, que ampliaram a oferta de leitos na rede municipal em 350 e foram fundamentais para que São Bernardo fosse considerada uma das cidades menos vulneráveis à Covid-19 do País", afirmou. "Com certeza sairemos da pandemia com uma rede ainda mais fortalecida e preparada para atender a população com cada vez mais qualidade.

São Caetano aportou recursos na casa dos R$ 487 milhões. Segundo a gestão, os recursos foram destinados, principalmente, às obras do Cise (Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade) Fundação e Atende Fácil Saúde. Foram realizadas também obras emergenciais para atendimento durante o período mais crítico da pandemia (Complexo Hospitalar e Hospital São Caetano).

Em Diadema, valor empenhado foi de R$ 467 milhões e a obra de destaque no ano passado foi a UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Paulina, entregue em 18 de dezembro. A gestão destacou que assumiu já em meio à pandemia de Covid-19 e que um dos focos foi a aquisição de testes rápidos para diagnóstico e a implementação de uma bemsucedida campanha de vacinação. Também investiu para implantação e habilitação junto ao Ministério da Saúde de novos leitos.

O prefeito José de Filippi Júnior (PT) declarou que a pandemia evidenciou a importância do SUS (Sistema Único de Saúde), que precisa ser mais valorizado para além do discurso. "É necessário investir em tecnologia, infraestrutura e corpo clínico. Com um SUS forte, estaremos mais preparados e daremos respostas mais rápidas para situações de emergências."

Em Mauá, o investimento foi de R$ 376 milhões. Não houve novas obras na área do ano passado e a prioridade foi a informatização da rede de Saúde, reforma das unidades de Saúde e a ampliação do atendimento. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não responderam. 




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