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Empresa de colchões cresce 20% mesmo na pandemia

Sediada em São Bernardo, Sono Quality fabrica própria espuma, tem produto premium e diversifica opções de pagamento

Yara Ferraz
15/08/2021 | 07:19
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Reprodução


 Especializada em colchões terapêuticos com envolvimento de alta tecnologia, a Sono Quality, empresa sediada em São Bernardo, aposta na diversificação de opções de pagamentos como estratégia. Na comparação com o ano passado, período mais crítico da pandemia, a empresa registrou crescimento de 20% em faturamento neste ano.

Com tíquete médio de R$ 7.600 por colchão e vendas que chegam a aproximadamente 1.200 unidades por mês, há possibilidade de adquirir o produto até mesmo por consórcio, totalizando oito formas de pagamento disponíveis. “Durante a pandemia, a gente aprendeu que é preciso buscar alternativas e criar acessibilidade para o consumidor. Muitas pessoas olham a parcela e, se cabe no bolso, elas compram. A relação bancária mudou muito e hoje há mais liquidez com os bancos. Consigo vender um colchão em 24 vezes no carnê sem entrada”, disse o fundador e CEO do Grupo Quality Brasil, Ricardo Eloi.

A empresa nasceu há 13 anos em Santo André e inicialmente vendia colchões fabricados por outras empresas. Somente em 2014, a produção própria teve início. “Em 2016 mudamos para São Bernardo, na Pauliceia. Hoje a fábrica está no Interior, em Taubaté, por conta da necessidade de fabricar a própria espuma. A gente precisa de um espaço considerável por causa de especificações de segurança da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para fabricar a espuma, o que nos deu mais autonomia, porque hoje fabricamos 80% da nossa matéria-prima”, afirmou.

Apesar da mudança da fabricação para o Interior, a maior parte da estrutura da empresa permanece em São Bernardo, que reúne toda a parte administrativa e cerca de 470 funcionários. A fábrica de Taubaté tem área construída de cerca de 5.000 m² e cerca de 40 funcionários.

“Toda nossa estrutura de call center está em São Bernardo, até porque nosso modelo de negócios é a mídia (propagandas principalmente na TV paga) e recebemos cerca de 2.500 contatos por dia. É um volume de clientes diários muito alto e o call center é o nosso maior departamento hoje”, explicou Eloi.

De acordo com dados da empresa, atualmente cerca de 17% deste total de clientes são convertidos em vendas, O número era de 11,5% em maio, o que mostra uma demanda crescente.

Entre os diferenciais do produto estão opções de colchões com mais de 50 tipos de massagens, antibacterianos e com geração de ozônio.

DESAFIOS
Segundo o executivo, apesar dos bons resultados da empresa, os primeiros meses da pandemia de Covid-19 em 2020 foram desafiadores. As vendas chegaram a ter um recuo de até 60% inicialmente. “Resiliência é uma palavra de ordem para o empresário”, afirmou Eloi. “O grande desafio é buscar saídas no negócio que existem, óbvio que temos problemas como a alta da inadimplência subiu e que a gente vive em um País instável, mas nós sempre buscamos alternativas.”

Para resolver o problema da mão de obra especializada. a empresa criou a Universidade Q+, que permite o treinamento de novos funcionários e distribuidores autorizados. “Sabemos que mão de obra com dom é uma em 1 milhão, então é mais fácil treinar e capacitar”, finalizou.




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