Política Titulo Mauá
Chico do Judô admite interesse em concorrer à presidência da Câmara

Ex-secretário de Serviços Urbanos virou plano de Atila no Legislativo

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/12/2018 | 07:00
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 Agora ex-secretário de Serviços Urbanos de Mauá, o vereador Chico do Judô (Patriota) confirmou que seu retorno à Câmara tem como objetivo uma candidatura a presidente do Legislativo, mas ele argumentou também que os 2.361 votos recebidos na eleição de 2016 foram para que ele exercesse o mandato na Casa. “Fui eleito vereador. Não posso ficar secretário até o fim.”

Chico argumentou que conversou com o prefeito Atila Jacomussi (PSB) sobre a decisão e que ambos chegaram à conclusão de que ele poderia representar o governo no pleito interno. Isso porque a opção principal de Atila, de manter seu pai, Admir Jacomussi (PRP), à frente do Legislativo causou desgaste junto à base, uma vez que seria necessário mudar a LOM (Lei Orgânica do Município), que hoje veta reeleição na mesa diretora dentro de um mesmo mandato.

A exoneração de Chico foi publicada oficialmente na quinta-feira e ele assume a vaga que estava temporariamente com Jair da Farmácia (MDB). A postura do emedebista vinha desagradando o governo e a gota d''água aconteceu na terça-feira, quando Jair não concordou com projeto de alteração de funções dentro da Arsep (Agência Reguladora de Serviços Públicos).

A missão de Chico do Judô dentro da eleição interna tende a ser complicada. Isso porque há pelo menos um mês dois nomes têm circulado junto aos demais fomentando suas campanhas: Neycar (SD) e Betinho da Dragões (PR). Embora ambos sejam governistas – pediram publicamente apoio de Atila –, o governo não nutre confiança na dupla. Em especial porque Atila pode depender do Legislativo caso haja desdobramentos jurídicos da Operação Prato Feito.

Em maio, Atila foi preso acusado de participar de suposto esquema de desvio de recursos em contratos de compra de uniformes e merenda escolares. Foi solto por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), mas ficou quatro meses afastado do cargo. Retornou em setembro, quando nova decisão provisória do Supremo afiançou sua volta à função. Como está amparado por liminares, há chance de sofrer derrotas jurídicas. Neste período, o pulso firme de Admir junto aos demais vereadores foi decisivo para que nenhum pedido de impeachment passasse pela Casa.




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