A rádio Cadena Ser afirmou que a mochila continha dez quilos de explosivos, um quilo de pedaços de ferro e um telefone celular que deveria detonar a carga ao receber uma ligação.

De acordo com o ministro do Interior, Angel Acebes, os atentados foram fruto de uma série de explosões de dez mochilas carregadas com bombas. Os esquadrões antibomba efetuaram duas explosões controladas em outras mochilas que não foram detonadas.

A mochila em poder da polícia é a 13ª da série. Segundo fontes ligadas à investigação, em um primeiro momento a polícia acreditou que a mochila pertencia a uma das vítimas. Por isso ela foi levada para a delegacia de Puente de Vallecas à espera que alguém a reclamasse. Nesse meio tempo, os oficiais descobriram os explosivos. A carga foi desativada e os investigadores começaram a examinar o objeto.

De acordo com a 'Cadena Ser', o explosivo é plástico, de fabricação espanhola, do tipo 'Especial C', que corresponde à antiga marca de explosivos Rio Tinto. O detonador utilizado, de cobre, também é de fabricação espanhola e estava conectado aos explosivos através de um cabo. Uma simples ligação para o telefone celular ou apenas a vibração do aparelho ativaria a carga explosiva.

Segundo a mesma fonte, que acrescenta que o ministério do Interior confirmou a existência da mochila, uma pessoa ligada à luta antiterrorista garantiu que tudo parece indicar que não se tratam dos componentes utilizados pela ETA e apontam para a responsabilidade de outro grupo terrorista, vinculado ao extremismo islâmico.