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Falta de medicamento psiquiátrico na rede andreense traz preocupação

Paciente está sem receber remédio para bipolaridade desde dezembro

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/03/2016 | 07:00
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Além de acompanhamento médico, quem possui algum tipo de transtorno psiquiátrico necessita do uso de medicamento controlado para completar o tratamento. Mas em Santo André, quem precisa, por meio da rede municipal de Saúde, do remédio Carbolitium (Carbonato de Lítio) não o tem encontrado desde dezembro.

A medicação é indicada para pacientes com transtorno bipolar, caso do morador da Vila Tibiriçá Thiago Santana dos Santos, 31 anos. Toda vez em que vai ao Centro de Especialidades 1 é informado de que a substância está em falta. “Como tenho que tomar quatro comprimidos por dia, utilizo três caixas (cada uma tem 50 comprimidos), que dão cerca de R$ 100. Para mim, que não tenho condição de trabalhar por causa da doença, é muito difícil comprar, mas também não posso ficar sem”, diz ele, que faz bicos vendendo sorvete. Ele também toma Rivotril quatro vezes por dia, porém, afirma que a cada vez que vai pegar o remédio só consegue obter 30 comprimidos.

O pai do rapaz, José Jucelir dos Santos, 60, trabalha como porteiro e, do salário de R$ 1.100, R$ 700 são só para pagar o aluguel. Com as demais contas básicas fica difícil conseguir ajudar o filho, situação que o preocupa. “Ele já tentou suicídio tomando produto químico de desentupir pia. Sobreviveu por um milagre. A gente não trabalha sossegado sabendo que ele está sozinho em casa e sem o remédio”, fala.

Procurada, a Secretaria de Saúde de Santo André informou que a compra do Carbolitium está em processo de licitação, mas “ainda não é possível informar prazo para regularização na rede”. Sobre o Rivotril, declarou que há disponibilidade do medicamento em comprimidos e gotas. 




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