O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, esteve nesta segunda em Santo André para inaugurar o Consórcio Social da Juventude na região, entidade liderada pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e que conta com a participação de 13 ONGs. O projeto irá qualificar 992 jovens da região, na faixa etária de 16 a 24 anos, dentro do programa Primeiro Emprego do governo federal.

O objetivo é inserir cerca de 40% dos jovens no mercado formal de trabalho. “Contamos com a participação dos empresários do Grande ABC para a oferta de vagas, pois a atuação da iniciativa privada é fundamental para o sucesso dos Consórcios da Juventude”, disse Berzoini. O ministro afirmou que a meta é implementar o programa em todas as capitais do país e em localidades com mais de 300 mil habitantes.

O consórcio na região é o quarto lançado no Brasil desde o início do programa, há três meses – o projeto já existe no Distrito Federal, Fortaleza e Rio de Janeiro –, e o primeiro no Estado de São Paulo. “O emprego para a juventude é uma preocupação do governo Lula. No ano passado, fomos obrigados a realizar uma política restritiva, pois tínhamos de controlar a inflação. Esse projeto significa o começo de uma retomada para a questão do crescimento do emprego”, disse.

O Consórcio Social da Juventude da região irá receber cerca de R$ 2,3 milhões do governo federal e mais R$ 180 mil da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC nos seis primeiros meses.

No ABC da Juventude – nome dado à sede localizada na avenida Arthur de Queirós, 399, em Santo André – serão atendidos 200 alunos de ONGs que participarão de oficinas de comércio (setor varejista e serviços), informática e cosméticos e beleza. Os cursos na sede têm a duração de 96 horas cada e se iniciam dentro de duas semanas. O Consórcio tem como objetivo qualificar jovens em situação de maior vulnerabilidade ou risco social e cuja renda per capita seja até de meio salário mínimo.

Os 992 jovens das 13 entidades da região que estão qualificadas a participar do programa irão receber uma ajuda de custo de R$ 150 por mês durante a realização das oficinas. O dinheiro é recebido por meio de uma conta corrente no Banco do Brasil.

Maria Inês Soares, prefeita de Ribeirão Pires e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC – um dos gestores do projeto –, destacou que o programa irá proporcionar qualificação de acordo com as atividades econômicas desenvolvidas na região.

Já o prefeito de Santo André, João Avamileno, salientou a importância da iniciativa privada no projeto. “Pretendemos formar uma comissão de trabalho para conversar com os empresários da região para que sejam nossos parceiros.”