Todos os professores da rede pública estadual terão conta de e-mail. É o que anunciou terça-feira o governo do Estado, como componente de um pacote que prevê aprimoramentos das condições de trabalho dos profissionais da Educação.

Segundo o governo, com os endereços eletrônicos, os professores terão contato direto com a Secretaria de Estado da Educação, facilitando a troca de informações.

O pacote prevê ainda a distribuição de kits multimídia para os profissionais da área, como computadores e TVs. Os equipamentos serão instalados nas salas dos professores, com o objetivo de facilitar o ingresso dos docentes em cursos de capacitação.

O Estado, entretanto, não dá prazo certo para a entrega do pacote. Também não informa o custo total do projeto, que estaria sendo calculado pelo governo do Estado. Os recursos virão integralmente do cofre estadual.

Professores - Os mais interessados nesse projeto não ficaram muito empolgados com as propostas do governo. Para o presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Carlos Ramiro de Castro, as mudanças são benvindas, mas há muitos itens de infra-estrutura nas escolas públicas estaduais que deveriam ser priorizados.

“As escolas deveriam ter laboratórios práticos, salas de informática. Falta isso. E quando tem, não funcionam”, afirma Castro, da Apeoesp.

O professor vai além, questionando apontando a falta de material didático adequado para os professores e também a precariedade dos acervos de livros que as bibliotecas das escolas públicas mantêm.

Por nota, o Estado rebateu as reclamações. “A Secretaria irá montar laboratórios de informática em todas as escolas até 2010. Não é verdade que há falta de laboratórios para outras matérias. Também não há falta de materiais”, informa a Secretaria da Educação.

Televisores - “As escolas já têm televisões. Conseguiram por meios próprios, por meio da organização de festas e eventos. Isso não deveria ser prioridade para o governo”, completa o presidente da Apeoesp.

A Secretaria da Educação afirma que o que existe nas escolas hoje é bem diferente do que o Estado propõe, porque os equipamentos seriam instalados nas salas dos professores e voltados somente para o aprimoramento dos profissionais.