"Pelé é um demagogo, por isso se entregou à política, coisa que me enoja. Nós temos que dignificar o futebol com paixão", declarou o argentino, enfatizando a todo momento que não gostava de ser comparado ao brasileiro.
Maradona ironizou Pelé na entrevista concedida à rede ATB, dizendo que o “Rei” do futebol "é muito feio e moreno, em alusão à cor da pele do brasileiro. "Eu não sou tão feio assim", disparou.
Embora reconheça que o futebol do brasileiro era "impressionante", e "trouxe muito ao futebol", Maradona concluiu que Pelé “não viveu”. "Um atleta tem de se divertir jogando bola, deixando de lado toda a ansiedade de se envolver com outras coisas, ainda mais com política".
O argentino também deixou claro suas diferenças com Pelé no que diz respeito aos vínculos com a Fifa, o que só reforçou sua oposição ao presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, na defesa do direito dos jogadores.
Assim como Pelé, Maradona surgiu para mundo em um bairro pobre de Buenos Aires. Ele declarou-se um "lutador, e por isso enfrentava a Fifa" em defesa dos jogadores. Segundo ele, Pelé, ao contrário, "se entregou à política muito cedo".
Maradona revelou que sua decepção com Pelé ficou ainda mais forte quando viu uma foto do ex-ministro dos Esportes brasileiro usando uma gravata com a estampa da bandeira dos Estados Unidos durante uma visita a esse país. "Me pareceu muito asqueroso. Para mim, foi uma traição ao Brasil, pelo menos é assim que sinto", disse.
Maradona conclui sua visita de quatro dias à Bolívia possivelmente na segunda-feira, após inaugurar uma escola de futebol comandada por seu amigo e ex-companheiro Daniel Valencia, colega na seleção argentina campeã do mundo em 1978.
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