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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do Leitor
Cidades devem planejar contra chuvas
Do Diário do Grande Abc
12/02/2020 | 09:52
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O verão 2019/2020 já entrou para a história como um dos mais marcantes pelos impactos causados pelas chuvas em importantes municípios. Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras localidades, pagam um preço alto pela urbanização desenfreada e a consequente impermeabilização do solo.


Os estragos não se limitam aos fatores acima apontados. As mudanças climáticas vão impactar cada vez mais na vida da população, principalmente das regiões metropolitanas. São Paulo, por exemplo, já tem histórico de enfrentar longos períodos de seca e momentos em que o volume das chuvas passa, em muito, das médias históricas.


Assim como nas cidades brasileiras, municípios dos Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália têm enfrentado os resultados das mudanças climáticas, com indicadores muito além das médias históricas, tanto na estiagem como no aumento do volume de chuvas. Para as localidades populosas, é um grande estrago, isso quando não se transformam em tragédias.


A tecnologia já permite utilizar ferramentas para prever com alguma antecedência o volume de chuvas. Informações como essa ajudam a Defesa Civil a se preparar com algumas horas de antecedência para eventuais catástrofes, principalmente no atendimento às populações que moram em regiões de maior risco, como às margens dos grandes rios e em encostas. Por outro lado, os piscinões têm uso limitado diante de grande volume de água das chuvas.


As soluções passam por aumentar a permeabilidade do solo, principalmente nas proximidades dos cursos dos rios. Os piscinões também não devem ser descartados, mas construídos associados com outras soluções, como parques lineares, incentivos com redução de IPTU para os moradores manterem áreas permeáveis nos seus imóveis.


Uma medida fundamental é a coleta correta do lixo. Esse é um material que, invariavelmente, contribuiu para aumentar ainda mais os estragos, tampando bueiros e aumentando os riscos de contaminações. Em temporais, podemos ver de tudo boiando nos rios, até mesmo móveis como sofás e geladeiras. Isso aumenta ainda mais o caos.


Uma coisa podemos ter certeza, as enchentes e a secas vão passar, cada vez mais, a fazer parte do nosso cotidiano. As soluções não são simples, mas precisam avançar para evitar que a vida em regiões metropolitanas fique insuportável e com custos das tragédias cada vez maiores.

Luiz Pladevall é engenheiro, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e vice-presidente da ABES-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).

Palavra do Leitor

Democracia
Em ‘governo em que o poder é exercido pelo povo’, como pode um documentário sobre nossa democracia mostrar somente um lado (Cultura&Lazer, dia 10)? Por que não mostraram a Avenida Paulista completamente tomada para impichar a presidente.? Isso sim foi democracia! Foi o povo que a derrubou do pudê. Graças a Deus. Petralhas nunca mais!
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Político demais!
Não precisa ser nenhum vidente, matemático ou economista com pós-graduação para perceber que, enquanto houver esse absurdo de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, juntamente com essa infinidade de assessores, jamais haverá verbas para investir em obras públicas e a serviço da população. Isso sem contar com as verbas repassadas aos partidos políticos. Portanto, jamais será resolvido o problema das enchentes e da população que mora em áreas de risco, como em beira de rios, em cima e encostas de morros. Se não houver reforma política e por meio das urnas, a possibilidade de tantas desgraças é piorar cada vez mais. Enfim, as mudanças que se fazem mais do que necessárias estão nas mãos do povo nas futuras eleições.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Piscinão do Paço
Na minha modesta opinião, é uma vergonha o poder público (Estado e município) gastar R$ 353 milhões na construção de piscinão, no Paço Municipal de São Bernardo, considerada a maior obra de drenagem urbana do País (Setecidades, dia 8). E, após sua entrega, em agosto do ano passado, os governantes virem com a promessa de que o mesmo iria solucionar o problema das enchentes na região central. O que não aconteceu, conforme comprovou este Diário em reportagem com fotos ilustrativas. E o mais incrível foram as justificativas dadas pelo prefeito Orlando Morando, através da internet, alegando que o novo sistema hidráulico do piscinão funcionou perfeitamente. Imaginem então se não tivesse funcionado como estaria hoje aquela área. Será que a Prefeitura irá ressarcir os prejuízos dos comerciantes ali estabelecidos, como o proprietário de loja de móveis na Marechal Deodoro que, na reportagem, afirmou ter tido prejuízo de R$ 40 mil?
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Laerte
Que dia radiante foi o 26 de janeiro! Porque tive a grata satisfação de ler a entrevista de página inteira, neste eclético Diário (Política), que a renomada cartunista Laerte concedeu ao talentoso cartunista Luiz Carlos Fernandes, que é prata da casa! Foi dupla grata surpresa, porque estou tão acostumado a ver o cartunista Fernandes encantar os leitores com suas charges, que me tira da minha zona de conforto, que também me dei conta de que ele entrevistou, com desenvoltura, um parceiro de ofício, formulando perguntas que possibilitam ao leitor conhecer outras facetas do ilustre entrevistado. Que deleite inefável ver dois iluministas cartunistas no mesmo palco! Que Angelo Agostini (1843-1910) os tenha como pupilos sempre!
João Paulo de Oliveira
Diadema

Alagamentos
A lei, ora a lei. Esse caos consequente aos alagamentos e desmoronamentos remete-nos a legislação violada ou reformada. Nos tempos de São Bernardo, lei municipal vedava loteamento de terrenos alagadiços. E o Brasil dos anos 1930 já preservava faixa de 14 metros ao longo dos rios locais e de 200 metros dos navegáveis. O Código Florestal, de 1934, não permitia construir em aclives a partir de 45%. Mas vamos continuar promovendo o adensamento demográfico abandonando a imensidão do nosso território. Que me lembre, apenas o ex-prefeito Figueiredo Ferraz teve a coragem de afirmar que São Paulo já precisava parar...
Nevino Antonio Rocco

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