A voz de Zeca Pagodinho projetou as composições e o nome de Dudu Nobre. Mas o sambista deu início à carreira um pouco antes, como instrumentista. “Comecei tocando na banda do Almir Guineto”, afirma.

Antes ainda, teve uma infância de aulas de cavaquinho e piano clássico, e convivência com sambista do porte de Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra, Nelson Cavaquinho e Nei Lopes, entre outros. “Hoje, a gente canta samba por causa da insistência dessas pessoas”, diz Dudu.

Essas pessoas – e outras como Jorge Aragão, os integrantes do Fundo de Quintal e o próprio Zeca – se encontravam constantemente em rodas de samba. Todos fazem parte de uma rede que se alastrou no movimento batizado de Cacique de Ramos, nascido na década de 1960 do cruzamento da tradição musical do samba com valores das religiões afro-brasileiras.

As canções geradas com o DNA do autêntico popular Cacique de Ramos retratam a vida de pessoas simples, geralmente de forma bem-humorada. “Componho sobre o meu dia-a-dia”, afirma Dudu. Um bom exemplo é o refrão de sua música Velho Ditado: “Eu sou mais meu chinelo de dedo/ do que cromo alemão apertado...”.

No show deste sábado, Dudu Nobre canta o repertório de seu terceiro disco, Chegue Mais, lançado ano passado, acrescido de composições que fizeram sucesso na interpretação de outros cantores. Outra é No Tempo do Dondon, de Nei Lopes, que ele gravou e faz parte da trilha sonora da novela Celebridade, da Globo.

São Paulo – Também neste sábado, antes de chegar a Santo André, Dudu Nobre faz participação no show do Quinteto em Branco e Preto, na praça da Paz do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No mesmo palco, apresentam-se ainda Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara e Martinho da Vila. O show começa às 16h e tem entrada franca.

Dudu Nobre – Show. Neste sábado, às 21h. No Sesc Santo André – r. Tamarutaca, 302, Santo André. Tel.: 4469-1250. Ingr.: de R$ 5 a R$ 14.