Segundo Costa, uma das possíveis aplicaçoes do novo fundo será servir como elo entre as empresas privadas interessadas em desenvolver produtos e negócios a partir dos resultados das pesquisas e a Bioamazônia. A organizaçao, integrada basicamente por institutos de pesquisas e laboratórios de universidades, é o braço operacional do Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para Uso Sustentável da Biodiversidade (Probem), do Ministério do Meio Ambiente, que deverá consumir investimentos de R$ 48 milhoes.
O Probem tem o objetivo de tornar viáveis pesquisas para identificar e explorar a rica biodiversidade da Amazônia, que oferece enorme potencial às indústrias farmacêutica e de cosméticos. Além disso, a meta é patentear a propriedade de todo o conhecimento obtido e evitar que seja contrabandeado pela biopirataria. A Bioamazônia está investindo nesse ano R$ 4,8 milhoes na construçao de um centro de biotecnologia, que será dotado de 23 laboratórios, para dar suporte às pesquisas. O centro, localizado em Manaus (MA), deverá estar pronto nesse ano.
De acordo com Costa, o fundo será inspirado no Alaska Permanent Fund, criado após o desastre ecológico provocado pelo gigantesco vazamento de óleo do petroleiro Exxon Valdez, no Alasca. Esse fundo, destinado a financiar o monitoramento ambiental daquela regiao, é constituído por cobranças de taxas junto a empresas petrolíferas.
"A filosofia deverá ser a mesma, até mesmo com a possibilidade de remunerar as comunidades da Amazônia, que atuarao na bioprospecçao, da mesma forma que o fundo do Alasca distribui dividendos para os esquimós", acrescentou Costa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.