Política Titulo Santo André
Acordo com Caixa continua travado
Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
13/02/2015 | 07:00
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Considerado o projeto mais importante do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), em tramitação na Câmara neste primeiro bimestre, a proposta de pavimentação do bairro Recreio da Borda do Campo passou por outra sessão ontem em branco, sem ser votado. O G-12, grupo de vereadores independentes, reiterou que o texto do Executivo continua carente de informações e solicitou esclarecimentos.

O convênio de financiamento com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 12,9 milhões, que objetiva o recapeamento asfáltico de vias do Recreio, deve ser votado na quinta-feira após mais de três meses de discussão no Legislativo.

Na semana passada, o vereador Toninho de Jesus (SD), um dos integrantes do G-12, fez requerimento pedindo dados sobre especificações do projeto. Segundo o líder do governo, vereador José de Araújo (PMDB), a resposta ao documento suspendia a ida do secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), à Câmara. O ofício da Casa chegou ontem na Prefeitura e a minuta será apreciada na próxima sessão.

O parlamentar Ailton Lima (SD) endossou a postura do correligionário e alegou que a Prefeitura necessita explicar melhor esse projeto. “A grande questão é entender como e onde esse investimento será feito e o tipo de pavimentação, por exemplo. A aplicação de R$ 12 milhões impossibilita a pavimentação do bairro todo, por isso, é importante saber os motivos de determinada avenida ser asfaltada antes ao invés de outra”, destacou.

DISPUTA
A sessão de ontem deixou ainda mais em evidência a animosidade que existe entre G-12 e aliados do governo petista. Na terça-feira, o presidente da Câmara, Ronaldo de Castro (PRB), decretou que não haverá expediente na Quarta-Feira de Cinzas, dia 18.

O ato irritou Araújo. O peemedebista usou o argumento do funcionamento de indústrias, bancos e da própria Prefeitura como justificativa para a abertura normal do Legislativo. Além da alegação, o líder do governo questionou o motivo apontado pelo presidente da Câmara: a crise hídrica. “(O fechamento da Casa) Não vai influenciar em nada na crise.”

Ronaldo rebateu Araújo e frisou que o problema não é a único causa para a decisão. “A Câmara está em reforma, sem ar-condicionado e com apenas dois banheiros. Não posso pensar o que é bom só para mim. Tenho que pensar nos outros.” 




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