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Anistia: Roberto Jefferson não quer voltar pela 'porta dos fundos'
Por Do Diário OnLine
06/02/2007 | 11:24
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O presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ), afirmou nesta terça-feira que não pretende voltar ao Congresso Nacional pela porta dos fundos, a partir da inclusão do seu nome em uma eventual lista que pede a anistia de parlamentares cassados, como é o caso do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT-SP).

"Quando saí da Casa, saí pela porta da frente. Não voltaria pela porta dos fundos. Voltaria pela vontade do povo, nunca por um acerto político", disse o ex-parlamentar, durante entrevista nesta terça-feira à Rádio CBN. Roberto Jefferson foi caçado em 2005 por quebra do decoro parlamentar ao expor e acusar o governo Luiz Inácio Lula da Silva de distribuir dinheiro entre os 'deputados amigos' em troca de apoio às matérias de interesse do governo. O escândalo ficou conhecido como 'mensalão'.

Desde que o novo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou que disputaria o cargo,  deputados da oposição, e até mesmo alguns ligados á base aliada do governo, apontaram que a eleição do petista poderia significar a volta de parlamentares expulsos da Casa. "Quando houve anistia depois da ditadura, havia o calor social pela reintegração de todos os brasileiros."

Para Jefferson, uma anistia neste momento não é correto, pois representaria uma decisão meramente política e não representaria os anseios da sociedade brasileira. De acordo com ele, os deputados que podem voltar depois de serem cassados estavam envolvidos em denúncias de corrupção e não em processos políticos.

'Sem toma lá, dá cá' – Roberto Jefferson negou que esteja negociando cargos com Lula na futura reforma ministerial. De acordo com ele, o apoio que o PTB declarou é sem o "toma lá, dá cá". "Eu que não quero ir lá, sentar com o presidente, depois daqueles embates que vivemos. Não quero me atirar no colo do governo, quero (apoiar) com independência", disse o ex-deputado, deixando claro que esse não é o momento de entrar no Palácio do Planalto.

De acordo com o 'cacique' petebista, a única prioridade do partido inicialmente é manter o comando do Ministério do Turismo, atualmente comandado Walfrido Mares Guia. "O PTB tem um ministro, deixa ele lá. Não vamos mexer nisso, não vamos aprofundar mais", afirmou.




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