Economia Titulo Câmbio
Moeda forte é natural, diz Goldman
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15/10/2009 | 07:00
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O chefe de pesquisa econômica global do banco Goldman Sachs, Jim O'Neill, criador em 2001 do acrônimo Bric, avalia que o câmbio deve ficar ao redor do patamar de R$ 1,70 nos próximos 12 meses. "A cotação de R$ 1,70 está mais forte do que deveria ser num mundo perfeito", afirmou o especialista, indicando que a moeda brasileira está sobrevalorizada em relação à norte-americana.

Ele ressaltou que o real forte é um problema "menos ruim" do que o País ter uma divisa fraca, o que era constante nas crises registradas na década de 1980, quando o Brasil apresentava problemas profundos de balanço de pagamentos. O'Neill destacou que ter uma moeda forte é relativamente natural para o Brasil, por ser um País que é forte exportador de commodities. Perguntado sobre os problemas que a valorização excessiva do real ante o dólar poderia trazer à economia, ele disse que os exportadores de manufaturas e indústrias poderiam ser afetados por essa questão. "Mas o melhor caminho para enfrentar uma realidade de câmbio valorizado é as empresas serem mais competitivas, com redução de custos e aumento da adoção de tecnologia." Na avaliação do especialista, o mercado acionário nacional tem uma boa perspectiva de crescimento nos próximos anos.

Segundo ele, em comparação aos países emergentes, as ações negociadas no Brasil estão entre as mais baratas, que são as transacionadas na Rússia, e as mais caras, na Índia. "O mercado de ações do Brasil deve crescer muito mais, especialmente ou sobretudo, se o ambiente de negócios ficar mais favorável aos investimentos estrangeiros."




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