Estimuladas pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), as vendas no setor de varejo de material de construção cresceram 4,5% em maio, na comparação com mesmo mês de 2008, segundo o último levantamento da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).

Com este resultado, as vendas nos cinco primeiros meses do ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado, empataram em desempenho. O presidente da Anamaco, Cláudio Conz explicou que, no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 0%. "Mantivemos os mesmos índices, mas consideramos este dado muito positivo, visto que no ano passado tivemos recorde de faturamento, correspondente a R$ 43,23 bilhões, 9,5% a mais que em 2007".

Segundo Paulo César Ferreira, diretor da Leroy Merlin de São Caetano - única unidade instalada no Grande ABC - o setor que mais progrediu em vendas em maio foi o de materiais básicos, como areia, cimento, tijolos, telhas e caixas d'água. "A redução do imposto sobre esses produtos ajudou para que as vendas ficassem melhores. Porém, o fantasma da crise financeira mundial (que teve início em setembro de 2008) foi maior do que o mercado esperava, afinal, as pessoas que já haviam destinado verba para uma pequena reforma, a fizeram", exemplificou.

Segundo ele, os objetivos traçados como meta de vendas no ano passado estão sendo alcançados.

Marcelo Roffe, diretor de mercadorias e marketing de produtos da rede Construmega (que envolve as bandeiras Telhanorte, Pro Telhanorte e Center Líder) explicou que, apesar de a empresa não se posicionar quanto a números, o levantamento da Anamaco reflete a realidade das lojas do grupo. "Desde a redução de IPI sobre materiais de construção feitos pelo governo federal, as lojas da rede tiveram melhora significativa no movimento de consumidores, motivados pela possibilidade real de adquirirem itens para reforma e/ou construção de seus imóveis com descontos significativos".