Derrotado como vice de José Augusto da Silva Ramos (PSDB) em 2004 e 2008, o PSB de Diadema migrou para a base governista e emplacou dobrada com o prefeito Mário Reali (PT) na expectativa de, em 2012, acabar com a sina de perdedor na cidade. Contudo, Gilson Menezes (PSB) e toda cúpula socialista viram naufragar o projeto de reeleição do petista com a vitória de Lauro Michels (PV). Toda trajetória faz com que a legenda projete outras estratégias.

Atual secretário de Segurança Alimentar e presidente do PSB diademense, Manoel José da Silva, o Adelson, diz que a legenda tem corpo para lançar candidaturas em 2014, para deputado estadual e federal, e principalmente para 2016, com vistas à Prefeitura de Diadema. "O PSB só tem contabilizado prejuízo não apostando em candidato próprio", atesta.

Adelson foi o representante socialista na chapa de José Augusto em 2004 e 2008. Em março de 2010, aceitou convite de Reali para a Pasta de Segurança Alimentar. Dois anos depois, bateu o pé pela manutenção de Gilson como vice do petista (em 2008, ele havia sido eleito pelo modesto PSC). Todas as movimentações políticas, entretanto, não garantiram triunfo nas urnas.

"Houve erros e acertos neste período. Avalio que acertamos ao ser vice do Zé Augusto em 2004. E erramos em 2008, quando tínhamos de ter candidato próprio. A cidade já clamava por mudança", discorre o socialista. Em 2004, a chapa José Augusto/Adelson perdeu para os petistas José de Filippi Júnior e Joel Fonseca por 554 votos. Quatro anos atrás, a dobrada entre o tucano e o socialista foi derrotada já no primeiro turno por Reali e Gilson.

Sobre 2012, Adelson garante não ter havido erro de estratégia. "Se houve alguma falha nesta eleição foi em 2010, quando aceitamos ir para o governo. Na minha visão, nem isso foi uma falha, apesar de reconhecer que a gente poderia ter pensado melhor na ocasião. Mudar de lado no meio do caminho seria falta de ética."

Para o pleito de 2014, a sigla projeta dobrada da cidade para a Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa. Adelson se coloca como possível nome, assim como indica Gilson e os vereadores Vaguinho do Conselho e Célio Boi como candidatos de potencial.

OPOSIÇÃO

O PSB deve caminhar na oposição ao governo de Michels, segundo Adelson. "A militância quer ser oposição ao Lauro", admite o mandatário socialista. "E apoiar o governo do Lauro seria jogar todos meus discursos na lata do lixo."

Apesar das falas de Adelson, o PSB chegou a dialogar com Michels por espaço no primeiro escalão da gestão do verde. A Secretaria de Esportes era o alvo principal, pois muitos socialistas têm trabalhos políticos ligados ao setor. O comando da Pasta, no entanto, ficará com Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos, presidente da Liga de Futebol Amador de Diadema.