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Geração Google

Os adultos de casa e da escola já não são a única fonte
de respostas para questionamentos das crianças de hoje

Por Geração Google
28/10/2012 | 07:00
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Quando tem dúvida quem você consulta primeiro? No passado, os adultos eram os escolhidos pela maioria, mas isso tem mudado. Pesquisa britânica revela que pouco mais da metade das crianças e adolescentes ingleses, entre 6 e 15 anos, prefere consultar primeiro o Google quando tem questões sobre atividades escolares.

Estranho? Para os adultos pode até ser, mas para você e seus amigos não. Há alguns anos, Larissa Dalcim, 9 anos, do Colégio Ateneu, em São Caetano, buscou no site como amarrar o tênis. "Não deu muito certo, mas aprendi como mexer no Google." Depois, o pai a ensinou a dar o laço no cadarço.

Antenado em tecnologia, Gabriel Deberaldine Ambrosio, 10, de São Caetano, também usa o Google com frequência. "Procuro qualquer tipo de pergunta que meus pais e eu não conseguimos responder."

CURIOSIDADES - Quando Anna Beatriz Bezerra Soares, 8, da Emeief Tarsila do Amaral, em Santo André, fica curiosa ao escutar conversa sobre assunto interessante vai logo pesquisá-lo no site. Também o usa para encontrar informações sobre os trabalhos da escola. "Uma vez a professora pediu para achar o primeiro satélite que foi para o espaço e o primeiro astronauta brasileiro." Já o colega Bruno Pioto Barbosa, 8, gosta mais de buscar games e vídeos de suas músicas preferidas.

Apesar das facilidades que a internet proporciona, Luiza Henriques Calamari, 10, de São Caetano, acredita que os adultos são importantes parceiros na hora de fazer a lição de casa. "O Google ajuda, mas os pais e a família também", afirma a menina, que curte o site para descobrir o significado de palavras em inglês.

A internet realmente anda transformando tudo no mundo. E as mudanças podem assustar quem já era grande quando ela apareceu. Leva um tempo para todos se adaptarem. O melhor a fazer é conversar sobre o assunto, principalmente em casa e na escola.

 

Saiba mais

Pesquisa TIC Kids Online 2012, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostrou que cerca da metade das crianças e adolescentes, entre 9 e 16 anos, navega pela web diariamente ou quase todos os dias. Oito a cada dez usam a internet para fazer trabalhos da escola. Outras atividades bastante realizadas são visitar perfil ou página de rede social e assistir a vídeos.

 

O mesmo estudo revelou que a cada dez pais e responsáveis entrevistados, sete acreditam que seus filhos utilizam a internet com segurança; cerca de nove não creem que eles tenham passado por alguma situação de incômodo ao usar a web. No entanto, entre os jovens de 11 a 16 anos, 23% dos que já tiveram contato na internet com alguém que não conhecia afirmaram ter encontrado a pessoa.

 

O Google costuma ser criticado por muita gente. Entre os principais problemas apontados por especialistas é que, desde 2010, o site ativou a chamada busca personalizada. Isso significa que ele leva em conta os cliques que a gente dá e as páginas que visitamos com mais frequência para fornecer o resultado para uma pesquisa. Desse modo, não é possível saber exatamente se o que o Google mostra representa o melhor conteúdo sobre o que procuramos.

 

Que a internet tem muitas informações e que não dá para confiar em todas, você já sabe. Mas outro cuidado necessário é não copiar completamente os textos que encontra na hora de fazer trabalho da escola. Chama-se plágio a atitude de dizer que você é o autor de algo que, na realidade, foi feito por outra pessoa. No Brasil, é crime. "Leio, compreendo e escrevo com minhas próprias palavras", afirma Gabriel Deberaldine Ambrosio, 10 anos.

 

Consultoria de Claudemir Edson Viana, educomunicador e coordenador de projetos educativos com a web pelo Cenpec; da psicopedagoga Sandreilane Cano e de Tatiana Jereissati, coordenadora da Pesquisa TIC Kids.

 

 




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