Esportes Titulo Chega às quartas?
Chile enfrenta problemas,
mas planeja fazer história

Diante dos donos da casa, equipe comandada por
Jorge Sampaoli busca alcançar sonho no Mundial

Dérek Bittencourt
Enviado a Belo Horizonte
28/06/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O Chile chega à fase de oitavas de final da Copa do Mundo com alguns problemas, mas a sensação de encarar os anfitriões e eliminá-los faz os sul-americanos sonharem alto. E isso ficou muito explícito na fala do técnico Jorge Sampaoli durante a coletiva de imprensa de ontem, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

A intenção do comandante é ver seu time se doando ao máximo em busca da classificação às quartas de final. “É uma coisa que sonhei. A imagem que gostaria de ter depois do jogo é de um grupo de jogadores que deu seu máximo, apesar de todas as adversidades externas tentou se superar, e fez um jogo histórico”, afirmou Sampaoli.

Argentino, o treinador ainda admitiu ingrediente especial diante dos brasileiros, apesar de almejar um objetivo representando a camisa e o povo chilenos. “Pela minha natureza de ser argentino, meu clássico sempre foi contra o Brasil. Então, a emoção de estar aqui é grande, adoro este tipo de jogo, porque é muito especial e, de fato, também é complicado. Mas o grupo está bem, podemos fazer uma grande partida. O Chile cresceu muito com essa mentalidade na qual hoje consegue desenvolver o jogo sem nenhum temor. Não acredito que isso garanta o resultado, mas pelo menos a busca por ele. Não podemos passar despercebidos”, definiu o técnico do Chile.

PROBLEMAS

No entanto, os chilenos terão que lidar com algumas situações inesperadas. A começar pelo volante Gary Medel, titular absoluto, que no treino de quinta-feira sofreu distensão na coxa esquerda e depende de muito trabalho dos departamentos médico e físico para ter condições de jogo. Jorge Sampaoli, no entanto, exalta a disposição e o espírito guerreiro do atleta, que demonstra vontade de estar em campo.

“Se fosse hoje (ontem), ele não jogaria. Veremos amanhã (hoje). Com este tipo de jogador, como Gary (Medel) e Arturo (Vidal), sempre temos expectativa de que na última hora esteja à disposição por seu desejo, sua vontade”, disse o técnico.

E o comandante citou Vidal porque o volante, que já ficou de fora contra a Holanda, poupado, não está nas suas melhores condições. Mesmo assim, sua presença foi confirmada. “Ele vai para o jogo”, decretou o treinador.

Assunto arbitragem gera desconforto

Desde que definiu-se que o confronto das oitavas de final da Copa do Mundo seria contra a Seleção Brasileira, a imprensa chilena, alguns jogadores e integrantes da comissão técnica falaram a cada coletiva sobre possível temor de arbitragem caseira, favorável ao time verde e amarelo, sobretudo após o equivocado pênalti marcado sobre Fred na estreia diante da Croácia. Ontem, no entanto, o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, interrompeu a coletiva de Felipão e Thiago Silva para tentar pôr um ponto final no assunto.

“Sobre isso, vamos falar uma única vez. A imprensa do Chile tem insistido ao longo da semana sobre esse tema. Este tema é primitivo e imaturo nesses momentos do futebol, nos tempos que estamos vivendo. Esse tipo de pressão soa até ridículo. Não é um desrespeito só com a Fifa, com o árbitro da partida, com a Seleção. É um desrespeito, acima de tudo, com o povo brasileiro. O Brasil não precisa de árbitro para ganhar competição, para ganhar título”, disse.

Durante a coletiva do Chile, o técnico Jorge Sampaoli tratou de passar por cima do assunto. “É algo que não me preocupa. Só me preocupo com o Brasil e seus jogadores.




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