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Primórdios do Skank

Banda revisita os primórdios e brinda os fãs com gravações
perdidas, o embrião do grupo mineiro, com disco 'Skank 91'

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
07/08/2012 | 07:00
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Se há duas décadas alguém perguntasse para o baterista Haroldo Ferretti ou aos companheiros do Skank se a banda duraria 20 anos eles diriam que não e para falar a verdade nem estavam pensando nisso. Pois chegaram e muito bem. E para comemorar, nada melhor do que revisitar os primórdios e brindar os fãs com gravações perdidas, o embrião do grupo mineiro.

É disso que trata 'Skank 91' (Sony Music, R$ 26,90 em média), disco que a banda lança em meio a turnê que divulga outro disco, 'Multishow ao Vivo - Skank no Mineirão'. O Skank passa sexta-feira por Ribeirão Pires, em show gratuito no Festival do Chocolate (Avenida Brasil, 145), às 21h.

Em seu repertório 'Skank 91', traz 17 faixas raras e algo inédito. Do total, dez foram gravadas em estúdio na casa dos pais do baterista, em Belo Horizonte. É o primeiro registro do Skank. Hoje o local virou quartel general da banda: o quarteto grava seus discos lá desde 2000. "Eu me lembrava que tinha gravações guardadas, mas não sabia quais exatamente", conta Ferretti. "Eu costumava gravar os shows para saber como tinha sido e tenho por hábito guardar."

As primeiras versões de 'Salto no Asfalto', 'Baixada News', 'Eu Me Perdi', 'Réu e Rei' e 'Macaco Prego' estão no álbum. "'Telefone' não é nossa. É da Gangue 90, do Júlio Barroso. Não havia sido lançada pelo Skank", conta o baterista. "Nunca tinha parado para escutar esse material. Está sendo prazeroso. Tudo foi muito natural. A ideia desse disco é presentear o fã", diz.

As outras sete canções - todas gravadas em uma antiga fita K7 - que recheiam a obra foram gravadas em apresentação em São Paulo, na Disco Reggae Night, em 1991. Ferretti conta que foi a primeira apresentação do grupo. Foi a partir dessa noite que decidiram seguir com o Skank. "Depois desse show voltamos para Belo Horizonte, aumentamos o repertório com covers", afirma. De acordo com o baterista, 30 pessoas viram a banda naquela noite. Das 30, apenas 13 eram pagantes e nem por isso deixou de ser legal. "Era fim de Campeonato Brasileiro. A gente brinca que estava vazio por conta disso", diz o músico.

Ferretti revela que o prazer que os quatro músicos têm em tocar juntos não mudou desde 1991. "Muitos perguntam o segredo da longevidade. Não tem. Além do bom relacionamento, somos grandes amigos."

Para ele, montar a banda foi desafiador e gravar um disco também - o álbum de estreia foi lançado de forma independente e as economias de um ano de shows. "Tudo até hoje é desafiador. O que nos move é saber que o jogo nunca está ganho. Nada na carreira foi premeditado. Foi muito na intuição, aprendendo a escolher o que era melhor para a gente. É um leão por dia."




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